domingo, 19 de dezembro de 2010

Os quatro pilares da comunicação humana

Não interessam os suportes, os meios ou os canais, mas que se procure a forma de transmitir a mensagem adequada, pois é dela que sobrevivemos.

A comunicação humana é feita de quatro pilares básicos: forma, plataforma, interação e mensagem, sendo esta última a razão de todo o processo apoiada pelos outras três.

Repensar esse processo é fundamental para pensarmos projetos de comunicação no pós-internet. Não devemos nos agarrar no que é secundário, mas principalmente no fundamental para que a comunicação possa existir, servindo como base para a sobrevivência humana e, se possível, pela melhora da qualidade de vida.

Muito do que temos discutido sobre o futuro do rádio, da televisão, jornal, livro, cinema etc pode ter um atalho.

Se refletirmos, de novo, mais uma vez, sobre o fenômeno da comunicação, que ganha um outro cenário com a chegada da internet e tecnologias afins, podemos reparar que os seus quatro pilares básicos não mudam.

Assim como o seu papel fundamental: transmitir ideias para o ser humano sobreviver com ou sem qualidade, gerando mais ou tentando reduzir sofrimento, dependendo de quem a usa.
Vamos aos pilares:

  • No centro, é bom que não se perca, vem o fundamental, a mensagem, que transmite basicamente as ideias de alguém para alguém. Este é o objetivo central, a necessidade humana fundamental;

  • Do outro lado temos a forma, a maneira que arrumamos a mensagem, o tom, a cor, o cheiro, o tato, formato, tudo aquilo que deve facilitar a comunicação, conforme a mensagem e o objetivo proposto;

  • Por baixo de tudo, a plataforma, o suporte que escolhemos para transmitir a ideia, que engloba ferramentas de áudio e/ou, imagem e/ou texto, através de ambientes digitais ou não;

  • E, por fim, a interação pretendida, se permite o diálogo, se é unidirecional, se é coletiva, individual, de um para muitos, de muitos para muitos, um para um. Hoje, com a internet é opcional, diante da tecnologia. Exemplo: um blog sem comentário. Antes era impositiva, por falta de opção.

É nesse leque, sempre priorizando a mensagem, que temos o desafio da comunicação do século XXI.

Não temos mais suportes fixos – o que vale é o que se tem dos dois lados, o que se pode, com o tempo, o recurso e a velocidade exigida para se fazer o processo andar.

Não interessam os suportes, os meios, os canais, mas que se procure a forma de transmitir a mensagem adequada, que harmonize os quatro pilares, sempre colocando no centro a mensagem, pois é dela que sobrevivemos.

Fonte: Webinsider

sábado, 11 de dezembro de 2010

O novo jeito de planejar a carreira

As novas tecnologias, a dinâmica acelerada do mercado e a guerra por talentos estão criando oportunidades e mudando a forma de pensar a carreira. Se você ainda não percebeu, está atrasado

Fonte:  VocêS/A

segunda-feira, 6 de dezembro de 2010

2011, o ano da convivência de mídias

Após anos de queda de braço entre velhas e novas mídias, o bom senso venceu.

Dia desses, vi “Fúria de Titãs” com meu filho no DVD. Não a primeira versão, um clássico da Sessão da Tarde de décadas atrás, mas o remake. Para minha surpresa, o filme é mil vezes melhor que o original; é o “Fúria de Titãs” que eu gostaria de ter visto quando tinha 13 anos. Desta vez contaram a história que, antes, apenas tiveram a intenção de contar.

Seria simples eu dizer: “ah, nos anos 80 é que faziam bem filmes de aventura!”. Ou, o contrário, dizer que, com os efeitos visuais de hoje, é que se consegue produzir filmes de forma decente.

Mas nenhum dos argumentos cabe nesta situação. A refilmagem é boa porque a história é ótima – e para por aí.

À beira de 2011, não há mais espaço para admiradores de “épocas” ou gerações ficarem se digladiando. É óbvio que cada uma delas tem qualidades e, neste caso específico, um alcance tecnológico.

Contudo, uma história bem contada sempre será uma boa história, independente da tecnologia ou da mídia.

Por isso, há algumas semanas, ao conversar com um gerente de comunicação sobre a possibilidade de oferecer ao público interno uma versão folheável do house-organ da empresa, fiz questão de começar a explicação deixando claro que o maior receio neste caso não procedia: o de tornar a edição impressa obsoleta.

Acredito que a convivência de mídias seja o novo norte da Comunicação. Após anos de queda de braço entre velhas e novas mídias, o bom senso venceu.

No caso de uma revista interna, até que se diminua a tiragem por conta de uma versão folheável com mídia rica incluída – pois não é todo mundo que gosta deste tipo de mídia. Ambas são necessárias, e dentro deste raciocínio vale até criar uma opção em pdf puro. Há quem goste.

Da mesma forma, precisei acalmar os ânimos de uma equipe de webtv, quando o diretor de outra empresa solicitou que fosse oferecida, para cada vídeo, sua transcrição. Foi complicado lembrar aos profissionais que o mais importante não era o formato a que eles se dedicavam com tanto esmero, e sim a mensagem que eles queriam transmitir. O objetivo não era que as informações chegassem ao público interno? Então que fossem oferecidas transcrições, sim!

Não importa a mídia. O “x” da questão é o conteúdo, o que se deseja transmitir. Seja através de sinal de fumaça ou transmissão de pensamento, o que devemos compreender daqui em diante é que há lugar para tudo.

Afinal, o que vale é a história que está sendo contada.

Por isso, é sempre bom lembrar:

Tecnologia é “apenas” uma ferramenta de comunicação. Há diversas versões, e talvez nenhuma atenda. Não é tão incomum assim – e por isso novas tecnologias de comunicação são criadas a cada dia. Que fique claro que é a tecnologia que está à nossa disposição, e não o inverso.

Tecnologia é ponte para o público. Desta forma, entenda que você pode estar enviando seu conteúdo em um ônibus espacial enquanto, na verdade, ele é seu vizinho de andar. “Be simple”, sempre.

Tecnologia não é obrigação. Antes que isso se esvaia nas brumas do tempo, é sempre bom lembrar que papel é tecnologia, ok? Ah: e nenhuma delas é obrigatória. Achar que é criar uma imagem negativa para seu cliente se você não oferecer qualquer tecnologia digital é um engano e tanto. Ter isso em mente demonstra amadurecimento.

Em suma, não caia no lugar comum de raciocínios rumo à extinção, mas que ainda povoam nosso dia a dia, como “a melhor mídia social é o sofá da minha casa, conversando com meus amigos”, ou que “você está fora do mercado se não está no Twitter ou no Facebook”.

Fazemos parte do coletivo, mas somos, antes de tudo, indivíduos, cada um com o seu conteúdo – e é isso que importa.


Fonte:  Webinsider

quinta-feira, 2 de dezembro de 2010

Sorocaba ganhará Parque Tecnológico

O governador de São Paulo, Alberto Goldman, firmou hoje convênio com a prefeitura de Sorocaba para liberar recursos destinados à construção do empreendimento na região

O governo paulista firmou hoje convênio com a prefeitura de Sorocaba para liberar recursos destinados à construção de um Parque Tecnológico na região.

O acordo prevê o investimento de R$ 6 milhões por parte do governo estadual para a construção de um edifício que vai abrigar uma incubadora de empresas de base tecnológica e o núcleo administrativo.

Participaram da cerimônia o governador de São Paulo, Alberto Goldman e o secretário de Desenvolvimento, Luciano Almeida, além do prefeito da cidade, Vitor Lippi.

O Parque Tecnológico de Sorocaba será implantado em uma área de aproximadamente 814 mil metros quadrados, na avenida Itavuvu, s/nº, próximo à rodovia Castelo Branco (SP-280), dentro de uma nova zona industrial com mais de 20 milhões de metros quadrados.

O futuro empreendimento será voltado à pesquisa e ao desenvolvimento de produtos e processos inovadores nas áreas de eletro-metal-mecânica, automotiva, energias alternativas, tecnologia da informação e comunicação (TIC) e farmácia.

O edifício, que terá uma área de 6.656 mil metros quadrados, será composto por dois pavimentos, com estrutura modular e abrigará o núcleo administrativo do parque e uma incubadora de empresas de base tecnológica.

O local, de acordo com as pessoas que participam do projeto, contará com todo o suporte necessário para a instalação de micro e pequenas empresas inovadoras.

Além do edifício da incubadora e do núcleo administrativo, o projeto prevê ainda a construção de laboratórios de Pesquisa & Desenvolvimento, espaços para animação e convivência, ambientes para eventos e centro de inteligência do empreendimento. A prefeitura de Sorocaba também pretende investir em obras suplementares, somando 11 mil metros quadrados de área construída

Fonte: Revista Info

segunda-feira, 29 de novembro de 2010

O uso do Twitter leva a novas redes sociais

Com o aumento de seguidores e seguidos no timeline do Twitter de cada um, os posts duram cada vez menos. É daí que se expande.

O público que segue as celebridades virtuais é rápido e exigente. Funciona de forma independente, altamente crítica e eficiente. A fama acontece através de pequenas e sintéticas frases e pensamentos com opiniões sobre os mais variados assuntos.

Um mundo onde a melhor e mais estruturada ideia ganha notoriedade imediata, que pode ser duradoura se o famoso souber ser constante em imaginação e síntese.

A regra do amado e odiado microblog é clara: tenha muita criatividade, poder de síntese e boa escrita em 140 caracteres e receba totalmente grátis novos seguidores. Caso não consiga atingir esta meta, seus seguidores cairão na mesma proporção que aumentaram… é uma sociedade difícil de agradar e, ao mesmo tempo, mais facilmente conquistável… antitético, não?

Nas minhas constantes “tuitadas”, percebo que o comportamento dos usuários é por origem, no formato de redes de interesses mútuos mas ao mesmo tempo, pela dinâmica tão acelerada, acaba sendo mais diversificada do que se imagina para os padrões que criam e definem redes sociais.

Tudo bem, já disse que a sociedade do Twitter (enquanto rede social) é, de certa forma, elitista mas facilmente conquistável. E também que a rede de interesse que o Twitter gera é uma rede diversificada. Vou explicar.

Universo mais lento

Acompanhem meu raciocínio: em um site de conteúdo social, como Orkut ou Facebook, você está lá, com seu perfil graaaande e explicadinho. Por exemplo: sei que a Pessoa X é uma publicitária adoradora de Bob Esponja (exemplo baseado em fatos reais), pois freqüenta comunidades e deixa claro em seu perfil todas estas particularidades.

Sei também que posso encontrar pessoas que seguem a mesma trilha e os assuntos abordados destas pessoas em comum serão facilmente “tangíveis” dentro deste universo mais lento, em que posso ter uma continuidade de assunto através de um fórum que crio, listas de discussões ou mesmo postagens em murais que comportam muito mais que 140 caracteres.

Quando aumentam seguidores e seguidos

No Twitter a coisa segue a mesma trilha (mídia social, achar amigos, compartilhar histórias e aquele blábláblá todo que já cansamos de saber). Porém a curva desvia deste formato quadrado de grupos no momento em que a progressão de aumento de seguidores e seguidos é proporcional à diminuição de tempo de exibição do micropost.

O que em primeiro momento era de sintonia com a similaridade dos assuntos buscados pelo novo usuário da ferramenta perde o foco de informações em rede.

Eu te sigo porque postou algo sobre Bob Esponja, mas nada garante que eu não leia assuntos que vão desde “Receitas para beber mais água” até “A natureza volátil do pensamento”.

Agora imagine que eu sigo 245 pessoas nesta frenética rapidez do Twitter, e cada uma segue e “retuita” mais 300 pessoas… me veio a imagem da Rua 25 de março (SP) em época de comércio aquecido…

Entendeu a complexidade da rede social “tuítica”?

diagrama-twitter
As mais habilidosas aranhas ficariam confusas com esta tecelagem. O que vale aqui é a rapidez e qualidade da informação. Como estamos falando de grandes demandas, eu posso ler vários assuntos, inclusive sobre “Fiuk” se eu não tomar providências (não permitir mais aparecer na minha timeline o “retuite” alheio ou resolva fazer uma superliquidação com unfollow).

Cauda longa

A elite que é super legal #medo. Aquele grupinho fechado com um pessoal super cool que retém a opinião não existe no Twitter. O fato de haver tantos tipos de formadores de opinião dentro da ferramenta faz com que todos os tipos de “hits do momento” apareçam na timeline.

Pegando um gancho do parágrafo acima e lembrando que a rede de interesses, no formato coeso que blogs e outras mídias permitem, se rompe à medida que aumenta a quantidade de seguidores/seguidos e diminui o tempo de exposição dos posts. Com esta característica, dá para termos uma ideia bem clara sobre como fica dificil existir uma elite mais fechada.

O que nos sobra para chamar de elite são vários focos que emitem um certo poder no que diz respeito a alguns nichos de assunto (algo beeeem… mas beeeeeeem parecido com uma cauda longa), e como isto é muito numeroso, torma mais fácil a chegada, do até então “simples mortal digital” ao galho da árvore.

Fonte: Webinsider

sexta-feira, 5 de novembro de 2010

Internet ainda é coisa de rico

Não se pode falar de democratização de acesso à internet enquanto não conseguirmos vencer os pífios e estagnados 25% de acesso domiciliar.

Todos os dias, pipocam pesquisas sobre a internet no Brasil. Em parte, síndrome de primo pobre que precisa esbanjar; em parte, complexo de filho do meio, entre o xodozinho da mamãe e o filho pródigo do papai.

É evidente que temos particularidades, que somos mais pujantes do que parecemos, que precisamos de muito esforço para enxergar através da nuvem de preconceitos mal assumidos que banham o país. No entanto é importante não perdermos a lucidez por trás da pílula dourada para gringo ver.

E toda pesquisa sobre internet no Brasil se utiliza do discurso favela-chic para iniciar suas presumidas quebras de paradigmas: a classe C constitui a massa de pessoas interneticamente incluídas. Também pudera. O Brasil é classe BC. Só falamos em classe AB porque não tem como juntar a A com nada já que ela é tão pequena que sumiria das nossas pesquisas. Criamos essa quimera de que existe uma classe AB que é diferente da classe C. No fundo existe uma classe BC, colossal, que é diferente da A. E a A não interessa a nenhum segmento econômico relevante.

Pois se é a classe C que interessa, é natural que a internet só possa existir se ela puder atingi-la. Nem se trata mais de um chiste no preconceito da elite porque essa tal classe é hipercool. Nem gringo paraquedista se impressiona mais com a imagem das favelas que cercam o condomínio de alto luxo.

Mas a verdade que carecemos enfrentar hoje, vencido o deslumbre, é que os maiores pontos de acesso à internet no país são fora de casa, porque é lá que a tal da classe C pode, consegue, tem grana, para acessar. E não se poderá falar de democratização de acesso à internet enquanto não conseguirmos vencer os pífios e estagnados 25% de acesso domiciliar.

O acesso fora de casa tem particularidades importantes, e uma das maiores é o tempo tarifado. Pessoas que acessam a internet fora de casa têm menos tempo ou o tempo delas custa (caro).

Quem já viu o comportamento típico de uma pessoa que acessa a internet numa lan-house entende: muitas janelas simultâneas e foco dividido. Ler, nem pensar, ver vídeos de mais de 10 minutos, nem pensar, pesquisar a fundo, nem pensar. Já que o tempo custa, melhor fazer o que instintivamente importa, ou seja, xavecar nas redes.

E mais, se correlacionarmos por exemplo a compra online com o local de acesso, iremos imediatamente verificar que as pessoas não compram na internet (ou muito pouco) fora de casa, por razões óbvias (tempo de comparação, receio da falta de segurança dos meios de pagamentos etc.).

É mais do que hora de pararmos com as excitações precoces: o Brasil é surpreendente mas estamos longe de ser um país digitalmente maduro. Muito longe.

Fonte: Webinsider

segunda-feira, 1 de novembro de 2010

Leitura em rede

É mais fácil encontrar uma roda de conversa sobre cinema, música e novelas de TV. Quanto a livros, bem... Num país em que o Ministério da Educação aponta a média anual de leitura como de 4,7 livros (incluindo a Bíblia e didáticos), sendo 1,3 o número de obras lidas anualmente por vontade própria, quem lê encontra uma certa dificuldade para incluir a literatura nos bate-papos. Mas é aí que a internet pode dar uma bela força para essa tribo. A rede social Skoob é um exemplo. Nela, o internauta faz um cadastro gratuito e lista as obras que leu ou que vai ler e os comentários, opiniões e resenhas sobre os títulos que examinou.

O estudante Luan Sperandio, 18 anos, de Cariacica, é um dos que se renderam ao site nacional há dois meses, por indicação de uma amiga. "A estrutura é simples, leve e prática. Além disso, o Skoob torna o ato de ler mais dinâmico e social, porque você interage com pessoas que possuem o mesmo hábito", aponta. O grande barato, aponta o rapaz, é estar a par do que os outros leem para trocar ideias e sugestões. Isso incentiva a se ler mais. "O site estimula porque combina algo moderno, como uma rede social, a um ato que pode ser encarado como entretenimento", afirma.

Conheça o Skoob

Esse incentivo é uma realidade para a estudante Karine Marinho, 15, de Vila Velha, há seis meses no site. "Sempre tive como hobby a leitura, mas confesso que, depois que entrei no Skoob, aumentou o número de livros que me interesso em ler", relata. Leitora de romances, literatura fantástica e tramas de mistério, Karine diz que a rede social a coloca em contato com pessoas que têm outras afinidades literárias. Isso pode despertar sua curiosidade a se aventurar em outros estilos. De outra forma, acha que seria complicado. "Considero mais difícil falar sobre livros no ?mundo real?, já que as pessoas ainda têm um grande preconceito com a leitura, considerando-a uma obrigação e não uma forma de lazer", sintetiza.

O acupunturista Felipe Abreu, 26, de Vila Velha, elogia a rede por permitir conhecer novos autores. Ele a conheceu por meio do Twitter e está nela há dois meses. "Eu já tinha o hábito de leitura desde a infância com histórias em quadrinhos e livros da ?Série Vaga-Lume?", relembra. Ele hoje curte romances e autores como Will Self, Chuck Palahniuk, Cormac McCarthy e José Saramago. E está aberto a sugestões.

Sucesso

A turma do Skoob não para de crescer. Os chamados "skoobers" já chegam a 275 mil usuários, segundo Viviane Lordello, uma das responsáveis pelo site. Criado em janeiro de 2009 pelo analista de sistemas Lindenberg Moreira, 32 anos, o espaço atendeu a um grupo de amigos que queriam uma alternativa on-line para falar de livros. Acabou superando as expectativas. "Achamos que iria ficar restrito a este grupo. O esperado era ter, no máximo, cinco mil usuários até o fim de 2009. Porém, fechamos o ano com 125 mil. Foi quando percebemos que muita gente esperava ter um lugar assim", comemora Viviane.

Satisfeita com a repercussão positiva, ela acredita que o Skoob pode colaborar no processo educativo. "Temos casos de professores que estão utilizando a rede com sucesso para criar esta paixão em seus alunos. Acreditamos que o Skoob possa ser mais uma ferramenta neste sentido e ajudar bastante no incentivo à leitura", acredita. O país que quer ler mais do que 1,3 livro por ano agradece.

Os "skoobers"

O nome

A rede é brasileira. O nome é a palavra "books" ("livros", em inglês), ao contrário.

Números

São 275 mil usuários até o momento.

Perfil dos "Skoobers"

65% são mulheres, 43% estão entre 15 e 25 anos e 41% dos usuários são de São Paulo.

Os livros

Há de tudo indicado pelos "skoobers". De literatura clássica a autoajuda. Na lista dos mais lidos, as sagas de Harry Potter e de "Crepúsculo" lideram as indicações.

Como se cadastrar

Vá para http://www.skoob.com.br/ e faça seu cadastro gratuito a partir de seu e-mail. Você terá uma página própria em que poderá inserir suas leituras, livros e autores favoritos. Poderá deixar comentários e até fazer resenhas e críticas literárias. E se fizer parte de Facebook, Twitter, Orkut ou de outra rede social, ela poderá ser associada a sua página.


Fonte: Globo.com

quinta-feira, 14 de outubro de 2010

Tecnologia não substitui gente capacitada

Praticamente toda empresa destina parte da sua receita anual para projetos de tecnologia. E não há dúvida de que grande parte do sucesso e do crescimento da economia mundial pode ser atribuída à indústria de TI e seus acelerados avanços. No entanto, nenhuma tecnologia é boa o suficiente se por trás dela não existirem pessoas capacitadas.

Nos últimos 50 anos o mundo desenvolvido se sentiu desafiado a ganhar mais e mais produtividade. Chega a ser impressionante a velocidade com que o progresso bate à nossa porta, muito em função da tecnologia da informação e da comunicação. Estamos ganhando uma velocidade de transformação e de criação ímpares.

Mas, analisando o capital humano que lida com tamanha evolução, percebemos que urgem mudanças estruturais nas empresas. É preciso capacitar as equipes de trabalho de modo que as pessoas sejam estimuladas a desenvolver mais suas habilidades de conhecimento, análise, intuição e criatividade.

A tecnologia da informação por si só não faz milagres. É preciso ensinar as pessoas a extraírem o melhor do contexto em que estão inseridas. Vejamos: determinada empresa investe na infraestrutura de rede, contando com uma estação de trabalho para cada vendedor/atendente. Investe, também, em aplicativos que permitem elaborar e transmitir orçamentos aos clientes em curto espaço de tempo. Entretanto, ao não capacitar sua mão de obra apropriadamente, se arrisca a perder aquele cliente que faz contato por telefone – na esperança de que um profissional especializado compreenda suas necessidades e possa contribuir para a realização de uma compra acertada.

Enquanto o colaborador se preocupa com a ‘formalização’, o cliente se frustra porque não conseguiu obter ‘informação’. No âmbito das pequenas e médias empresas, esse tipo de relacionamento mal resolvido é muito comum, gerando insatisfação. O cliente se queixa do vendedor que, por sua vez, se queixa do sistema que trouxe consigo mudanças no atendimento. Imagine o quanto seria melhor se o vendedor/consultor pudesse destinar cinco minutos daquele dia para ouvir o cliente, compreender como poderia atender aquele pedido de modo que resultasse numa equação ‘ganha-ganha’, em que todos saem satisfeitos.

Numa outra situação, uma fila de pacientes aguarda – com cara amarrada – a volta do sistema, que ‘saiu do ar’. De repente, os mesmos atendentes que até bem pouco tempo colhiam dados do paciente, transcrevendo tudo para o papel e repassando depois para os médicos e para a administração, sentem-se incapazes de resolver qualquer coisa que dependa do acesso ao computador. Não fazem isso por vontade própria, é claro. Mas porque faltou à direção da empresa capacitá-los para que desenvolvessem o senso de oportunidade e improviso. Preferem, também nessa situação, arriscar o relacionamento com o cliente.

Não se pode duvidar que a tecnologia nos dotou de velocidade suficiente para atender às demandas da nova economia. Mas é preciso aguçar o senso crítico e perceber que a tecnologia, por mais avançada que seja, ainda não substitui a tomada de decisão dos seres pensantes que fazem uso dela. O sucesso não vem fácil, mas chegará mais rapidamente se os empreendedores privilegiarem seus colaboradores e incentivarem o desenvolvimento de suas habilidades cognitivas e comportamentais.
 
Fonte: Você RH

terça-feira, 12 de outubro de 2010

Qual é seu perfil no trabalho?

Estudo ensina como identificar, gerenciar e motivar os três estilos de profissionais que toda empresa tem

Toda companhia tem profissionais ambiciosos, acomodados e os chamados cimentos sociais, aqueles que integram todos os tipos. Os três grupos são essenciais e estão presentes em praticamente todas as empresas. Essa foi a conclusão do estudo Segmentação Atitudinal de Funcionários, desenvolvido pelo GFK, um dos maiores grupos de pesquisa de mercado do mundo, com base em mais de 2 000 entrevistas com empresas de grande porte do Brasil. As informações sobre cada perfil podem ajudá-lo a identificar, gerenciar e motivar sua equipe. Além disso, você pode descobrir qual é seu próprio estilo e saber como usá-lo a seu favor.

TIPO AMBICIOSO
O ambicioso busca ascensão na carreira, gosta de se exibir e se preocupa com a imagem. Esse profissional não tem apego à empresa nem ao cargo. Se a concorrência oferecer mais, ele aceita. Apesar disso, é um profissional essencial a qualquer equipe, porque tem muitas ideias, é altamente produtivo e adora bater metas. O gestor que quiser motivar um ambicioso deve valorizar suas conquistas com programas de bonificação e premiação interna. “Esse funcionário deve receber uma recompensa financeira vinculada à realização de desafios, que precisam ser concretos e mensuráveis”, diz Aníbal Calbucci, diretor de recursos humanos do laboratório farmacêutico Bristol-Myers Squibb. Se a empresa não oferecer remuneração variável, vale buscar outros mecanismos para reconhecer esse profissional. Uma sugestão é parabenizá-lo verbal e publicamente por suas conquistas. Se você é do tipo ambicioso, a dica é buscar empresas que valorizem ideias inovadoras, promovam a competição interna e saibam premiar quem atinge as metas. Você vai se sentir valorizado e entregar mais resultados, até que uma nova proposta apareça e você corra atrás de um desafio mais interessante.

TIPO ACOMODADO
Esse profissional tem de cinco a dez anos de casa, está adaptado à empresa e à sua função. Não é necessariamente desmotivado ou folgado, apenas não tem grandes expectativas de crescimento. “O acomodado gosta do que faz e é fiel à empresa”, diz Mario Mattos, diretor de marketing da GFK. Esse tipo se divide em dois subgrupos: os resolvidos e os frustrados. O resolvido é homem, chefe de família e tem muito tempo de empresa. Mais maduro, preocupa-se com a saúde e gosta de trabalhar. A empresa gosta da fidelidade desse profissional, o que o valoriza. Já o acomodado frustrado costuma ser jovem e ter baixa escolaridade. Em muitos casos, está desmotivado e requer atenção do gestor para não prejudicar o desempenho da equipe. O chefe que quiser motivar um acomodado precisa tirá-lo da zona de conforto, oferecendo mudanças de área ou metas desafiadoras. “Acompanhe esse profissional de perto e instigue-o”, diz Adriana Teixeira, diretora de RH da Losango. Se você é do tipo acomodado, não coloque a carreira nas mãos da empresa. Procure oportunidades de mudanças internas. Assim, você oxigena sua motivação e sua carreira sem sair do emprego — se a empresa não o despachar antes.

TIPO CIMENTO SOCIAL
É aquele que une as pessoas. O cimento social atua como integrador de colegas e de equipes. Ele ajuda os recém-chegados a serem aceitos no grupo, organiza os encontros extraoficiais, como happy hours e aniversários, e é o arroz de festa das atividades comemorativas da empresa. “Esses profissionais são importantes porque quebram as barreiras entre os departamentos e diluem tensões entre as áreas”, diz Mario, da GFK. Eles têm conhecidos e amigos em todos os cantos da empresa. O gestor que quiser motivar um cimento social pode pedir a ajuda desse profissional para desenvolver, organizar e divulgar os eventos da empresa. “Uma pessoa de perfil cimento social deve ser indicada a líder dos programas de responsabilidade social da empresa, ou do grupo de qualidade de vida”, diz Aníbal, do Bristol-Myers Squibb. “Esse profissional pode ser um bom parceiro do RH ou da área de eventos, por exemplo.” Se você é do tipo cimento social, use e abuse da sua capacidade de comunicação para construir uma boa rede de relacionamentos e fique atento às oportunidades que surgem além da sua área. Tarefa simples para você.

Fonte: Vocesa

Biblioteca diminui evasão escolar

Ecofuturo faz um balanço dos resultados das ações empreendidas pelo Projeto Biblioteca Comunitária Ler é Preciso

Após 10 anos do Projeto Biblioteca Comunitária Ler é Preciso, o Instituto Ecofuturo, uma organização social de interesse público criada e mantida pela Suzano desde 1999, divulga pesquisa que revisita e traça um perfil do projeto, fazendo uso de metodologia que pode servir de referência à políticas públicas e ações privadas para implantação de bibliotecas. O trabalho, coordenado pelo pesquisador Ricardo Paes de Barros, ligado ao Instituto de Pesquisas Econômicas e Aplicadas (IPEA), verificou a sustentabilidade das bibliotecas implantadas pelo Ecofuturo no modelo de gestão compartilhada entre poder público, comunidade e parceiros.

Para a realização do estudo foi avaliada a qualidade do serviço oferecido por 55 bibliotecas do projeto (atualmente, são 85 bibliotecas em 11 estados brasileiros), localizadas nos estados de Pernambuco, Bahia, Espírito Santo, São Paulo e Rio de Janeiro. Para isso, foram construídos diversos indicadores que permitiram investigar as características da qualidade dos serviços, do grau de acessibilidade, do grau de utilização e da gestão de cada uma das bibliotecas.

Considerando as diversidades regionais das localidades onde estão instaladas e sua condição de ser uma biblioteca comunitária, a pesquisa concluiu que o principal diferencial do projeto é conseguir que essas bibliotecas continuem em funcionamento, mesmo depois de anos da sua instalação.

O modelo do projeto se baseia na implantação de Bibliotecas Comunitárias em locais de baixo índice de desenvolvimento humano, com o envolvimento e participação da prefeitura e diversos setores da sociedade em prol da democratização do conhecimento disponível nos livros. O Ecofuturo coordena todas as etapas do projeto, além de ser responsável pela articulação com a comunidade e o poder público local, que são envolvidos desde antes da implantação no processo, ficando a prefeitura com a responsabilidade pela manutenção da biblioteca – contratação e remuneração dos profissionais, infraestrutura, renovação de acervo etc - e a comunidade incentivada a colaborar com a gestão e a dinamização do espaço. A execução técnica fica a cargo da Fundação Nacional do Livro Infantil e Juvenil (FNLIJ), que seleciona o acervo inicial de 1000 livros e realiza os cursos de promotor de leitura e auxiliar de biblioteca para 30 pessoas da comunidade.

A pesquisa também apontou os recursos humanos como um dos fatores mais fortes para a sustentabilidade dessas bibliotecas. O estudo mostra que a média de funcionários por Biblioteca é de quatro pessoas (o mínimo sugerido na implantação são duas) com bom nível de escolaridade. A maioria dos funcionários está presente desde a implantação da biblioteca, o que denota baixo grau de rotatividade e, portanto, experiência na função, fator importante para articulação com a comunidade em uma biblioteca com gestão comunitária.

Segundo a pesquisa, o projeto também tem êxito no seu objetivo de atender crianças e jovens. O estudo aponta que 80% dos 2300 livros emprestados por ano são obras de literatura infanto-juvenil. O público médio anual de 5800 usuários por biblioteca, por sua vez, é composto, em grande parte, por crianças de 7 a 14 anos.

Ao longo do tempo, o acervo das bibliotecas também se expandiu, passando de 1300 para uma média de 4500 livros por BC. “A biblioteca é, sem dúvida, uma maneira de se oferecer livros à população. A simples oferta, contudo, não é suficiente para atrair a demanda e fazer com que as pessoas efetivamente leiam mais. É preciso fazê-las perceber que freqüentá-la pode trazer muito impacto para suas vidas”, enfatiza o pesquisador Ricardo Paes de Barros. A sustentabilidade dessas bibliotecas depende muito da atratividade que elas têm para a comunidade, ou seja, das atividades de incentivo e promoção à leitura, realizadas por 76% das bibliotecas investigadas na pesquisa. Gerando atratividade, as bibliotecas podem contribuir muito para o desenvolvimento das comunidades onde estão implantadas.

“Em um país como o Brasil, em que a cultura escrita em sua plenitude somente é oferecida a uma faixa da sociedade que pode comprar livros, a escola e a biblioteca se tornam instituições decisivas para que o acesso aos livros e a oportunidade de formação leitora chegue para a maioria. A parceria com o Instituto Ecofuturo, no projeto Biblioteca Comunitária Ler é Preciso, apresentou-se como uma oportunidade especial para a FNLIJ realizar uma ação de formação de leitores por meio de bibliotecas comunitárias em que a qualidade é o objetivo perseguido para levar o direito de ler ao maior número de pessoas das comunidades atendidas”, afirma a secretária geral da Fundação Nacional do Livro Infantil e Juvenil, Elizabeth Serra.

Impacto no desempenho escolar

A dimensão inédita do projeto tem a ver com o impacto das bibliotecas no desempenho educacional do público que as frequenta. Com informações do INEP (Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira) chegou-se a resultados surpreendentes. Um estudo paralelo ao de sustentabilidade, também patrocinado pelo Ecofuturo, compara o desempenho entre escolas no entorno das Bibliotecas do projeto e as demais escolas.

A pesquisa aponta que, entre 2000 e 2005, a taxa de evasão escolar em instituições públicas de ensino próximas das Bibliotecas, quando consideradas as diferenças socioeconômicas das localidades, diminuiu três pontos percentuais a mais do que em escolas que não estavam próximas das Bibliotecas Comunitárias Ler é Preciso. Isso significa que o programa potencializou em 46% o progresso natural desse índice nas regiões de impacto do projeto. Com relação às taxas de aprovação escolar, os números são ainda mais expressivos. Escolas no entorno das Bibliotecas do projeto registraram uma elevação de 6,1 pontos percentuais nesta taxa, na comparação com as demais escolas, o que elevou em 156% o progresso natural que essas instituições de ensino teriam se não tivessem sido beneficiadas pelo projeto.

A cada ano, o progresso socioeconômico dos municípios e comunidades faz com que o desempenho da educação melhore. No entanto, segundo Paes de Barros, “ter uma biblioteca do Ecofuturo permite às comunidades melhorarem mais rápido do que se contassem apenas com o progresso socioeconômico”.

Além de comprovações importantes, a pesquisa de sustentabilidade também indicou pontos de atenção comuns às bibliotecas e que devem ter um tratamento adequado para que elas possam cumprir o seu papel junto às comunidades. “Um dos pontos foi a necessidade de dedicar mais atenção à criação e consolidação de um modelo de gestão participativa, com maior envolvimento da comunidade, bem como propiciar condições para a formação continuada e intercâmbio dos profissionais que trabalham nas bibliotecas, fatores altamente relevantes para que a o projeto seja efetivo no objetivo de colaborar com a instituição de uma cultura de leitura e de biblioteca”, explica Christine Fontelles, diretora de Educação e Cultura do Instituto Ecofuturo.

Neste sentido, outro importante diferencial do estudo é que os questionários idealizados para a pesquisa de sustentabilidade e os indicadores estruturados serão disponibilizados pelo Instituto, de modo que possam ser utilizados por organizações que queiram avaliar os projetos de biblioteca que apoiam e patrocinam, sejam iniciativas públicas, privadas ou da sociedade civil. Os indicadores podem basear e alimentar um sistema de gestão por resultados, que permite acompanhamento mais de perto do desempenho e sustentabilidade de bibliotecas, bem como a implementação de um sistema de valorização dos trabalhos de promoção de leitura de maior destaque.

“Tudo foi concebido para ser amplamente compartilhado entre todos os que estão envolvidos em atender a demanda nacional por leitura de maneira consistente e sustentável, de forma que, definitivamente, dê conta do enorme déficit existente no País”, conta Christine. O Instituto Ecofuturo já está utilizando os indicadores sintéticos construídos com base na pesquisa para a criação de um sistema de monitoramento remoto das bibliotecas comunitárias que deve ser implementado em 2011. O sistema permitirá a construção de um modelo de avaliação participativo, de mão dupla, que inclua a comunidade, o poder público local, o Ecofuturo, a FNLIJ e todos os parceiros do projeto.

Fonte: PublishNews

terça-feira, 5 de outubro de 2010

No fundo somos profissionais de inovação

Uma nova comunicação, mais interativa, se estabelece para resolver problemas de produção. A internet tem esse objetivo principal: nos ajudar a resolver problemas produtivos de todos os tipos.

Ontem caiu a ficha. Projetos de mídia social, de “redes sociais” (esse nome anda me irritando), de comunicação corporativa vão migrar, vão ser chamados, de projetos de inovação.

Tem uma lógica nisso e espero que você seja coo-vencido:

1. O mundo ia bem, ou do jeito que dava, mas cresceu muito (nos últimos 200 anos pulamos de 1 para 7 bilhões);

2. Esse crescimento não pode ficar impune, concorda? Alguma coisa vai mudar no planeta com tanta gente chegando mais e mais. Só um louco acha que não!;

3. Ok, se joga uma pressão para o setor produtivo, que tem que atender demandas e apesar de tudo, tem se virado, aumentando mais e mais o ritmo de inovação para atender no tempo, na hora, na diversidade, qualidade e quantidade que o novo público exige;

4. Bom, chega um momento que o “barraco” não permite mais puxadinho e aí vem a hora das “Revoluções da Informação” (que chegam pelas portas do fundos sem pedir licença), que criam um novo ambiente de troca de ideias mais dinâmico, que ajuda a inovar e, por sua vez, produzir melhor, caso da Internet, como já foi o do livro impresso.

Diante desse quadro, temos que rever o papel da comunicação corporativa.

Estamos imersos na pseudo-comunicação (de massa) que eu chamo de doutrinação 1.0. Ou seja, o que chamamos hoje de comunicação não é comunicação, pois esta pressupõe o diálogo.

O que temos é uma comunicação-unilateral-convencimento resultado de um ambiente informacional demarcado pelo controle dos meios, poucas fontes, portas fechadas para novas vozes, ocultação de “cadáveres”, crises e erros. E repetição insistente até que todos comecem a cantarolar, sem sentir, a musiquinha:

“Escondo o que é ruim e jogo confete (e muito) no que é bom!” (Parecem o Lula!)

Não existe comunicação sem diálogo. O que chamamos de comunicação hoje é algo inventado e preso a uma mídia vertical que ficou decadente.

Uma hipnose: “O mundo é bom, nós estamos fazendo a coisa certa. Senta, compra e relaxa”. É essa a mensagem.

Uma nova comunicação (mais interativa) se estabelece para resolver problemas de produção. A Internet tem esse objetivo principal: nos ajudar a resolver problemas produtivos de todos os tipos.

Volta-se o sentido da comunicação/diálogo (2.0) versus a comunicação/doutrinação (1.0). Motivo: ganhar velocidade para que o que o consumidor deseja seja atendido, modificando processos. Ampliação da coerência entre o que se diz e o que se faz.

Não por opção, mais por imposição da nova transparência! Criando mais fogo e menos fumaça. O que é difícil ainda hoje de ser percebido. Por quê?

Por causa da formação, cognição de todos, dos profissionais de comunicação, aos de processo, de qualidade, de inovação, gestores de conhecimento e dirigentes corporativos, que foram criados no mundo informacional passado. É um outro paradigma, no qual tudo isso é visto separado e não fazendo uma lógica só!

Assim, a ideia da comunicação corporativa desalinhada de processos, como “comunicação pura” é uma deturpação que se consolidou em uma mídia controlada para justamente evitar a inovação, mudanças, denúncias de coisas que estão sendo feitas e são inviáveis.

Ou seja, a comunicação servia para conservar e não mudar. Bingo! Não geram valor para a sociedade, por isso, precisam ser modificadas!

Se pudesse mudar todos os cursos do mercado, eu mudava. Trocava o nome de pós de redes sociais, mídias sociais, comunicação corporativa para: “Como inovar usando ferramentas de comunicação e informação?”

O eixo é esse. Qualquer coisa que fuja disso corre sérios riscos de capotar na curva da inviabilidade histórica! Não tende a gerar valor. Ponto! O uso das ferramentas das mídias digitais devem aferir isso.

Como está se gerando valor com essa nova comunicação do debate honesto, com base no novo ambiente informacional?

Vejam que a Apple, a Netfix, Norvatis avaliam seus “projetos 2.0″ no aumento de valor de mercado e não no tolo número de seguidores no Twitter, ou do canal criado no Facebook.

Eles deram a volta por cima, por baixo e pelos lados. Galera, vamos tomar banho frio e acordar! No fundo, somos todos profissionais de inovação (para gerar melhores produtos e serviços) para uma população cada vez maior, diversificada e exigente.

Pior, em rede e com poder de mídia! A comunicação deve ser viabilizadora disso e não a “impedidora”, como tem sido, escondendo os erros que deveria estar na luz do dia para serem corrigidos.

Essa é a guinada 2.0 pura e simplesmente! O difícil é encarar de frente, pois abre um baú de velhos dogmas. Que dizes?

Fonte: Webinsider

segunda-feira, 20 de setembro de 2010

Os livros que fazem a cabeça dos candidatos e partidos

O que há em comum entre o russo Fiódor Dostoiévski e o mineiro Guimarães Rosa? A resposta: Dilma Rousseff, José Serra e Plínio de Arruda Sampaio. Os dois escritores são obras de referência para três dos quatro principais candidatos à Presidência da República ouvidos pelo GLOBO. Já Marina Silva fala de leituras mais direcionadas, em sua maioria livros a que foi apresentada na Faculdade de História.

A coincidência das citações ao autor de “Grande sertão: veredas”, clássico da literatura brasileira quase obrigatório nas leituras de escola, não é fortuita neste momento eleitoral, avalia o cientista político da Universidade de Brasília (UnB), Leonardo Barreto:

— É um livro de grande identidade nacional. Mostra a cara do Brasil, o sertão, cria novas palavras, uma nova linguagem.

Além das leituras fundamentais para a formação de cada candidato, a reportagem do GLOBO tentou fazer um apanhado dos livros que estão por trás dos ideários dos partidos políticos. É quase impossível, porém, medir a verdadeira extensão da bibliografia que rege os projetos de campanha. Tampouco é tarefa simples distinguir a linha tênue que separa novas ideias de obras clássicas.

Os próprios coordenadores de campanha têm dificuldade de identificar livros específicos. Garantem que o que está sendo apresentado à população é fruto, em boa medida, da experiência dos integrantes dos partidos políticos e da consulta popular que realizaram nos últimos meses. Além disso, os programas são feitos por especialistas que têm os seus livros de referência ou são eles próprios a obra de referência.

Mesmo assim, especialistas ouvidos pelo GLOBO conseguem enxergar obras importantes que permeiam as campanhasde 2010. Os desenvolvimentistas voltaram à moda e parecem estar presentes em boa parte dos projetos defendidos pelos partidos nestas eleições.

— A importância do mercado e do Estado se alternam no capitalismo ocidental — diz Eduardo Raposo, coordenador de pós-gradução e professor do Departamento de Sociologia e Política da PUC-Rio.

Além da relevância intelectual, livros acadêmicos muitas vezes também adquirem importância política, lembra Eduardo Raposo, da PUC-Rio. Textos que não tiveram receptividade durante o período predominantemente liberal que sucedeu as crises das décadas de 70 e 80 voltam a ter influência política hoje, dois anos após a maior crise econômica global desde 1929. Isso explica o retorno dos desenvolvimentistas após três décadas de monetaristas.

Para Leonardo Barreto, da Universidade de Brasília (UnB), o keynesianismo está muito claro no programa do PT, quando se discute a intervenção do Estado na economia. Tampouco se pode descartar, segundo ele, a influência de pensadores de viés estatista, como o conservador Oliveira Viana, autor de “Evolução do povo brasileiro”. A democracia mais participativa da britânica Carole Pateman, elaborada em livros como “Participation and Democratic Theory”, também tem suas influências sobre o partido, diz.

Um dos coordenadores do programa do PT, Marco Aurélio Garcia, afirma que são mais documentos e experiências de pessoas do que livros propriamente que compuseram o programa. Recentemente, no entanto, ele e Emir Sader lançaram o livro, que já está na terceira edição, “Brasil, entre o passado e o futuro” (Boitempo), com a colaboração de alguns intelectuais — integrantes do governo ou não — com propostas para o país.

Diz-se que este ano a campanha petista recebeu uma pitada extra de esquerda. O sinal estaria no documento “A Grande Transformação”, feito por Garcia e debatido no 4 Congresso Nacional do PT no início do ano, que serviu de minuta para a plataforma de governo da candidata oficial. Ele esboça planos de um pós-Lula mais à esquerda. A começar pelo título retirado do livro do economista austro-húngaro Karl Polanyi (1886-1964), uma obra de referência dos críticos do capitalismo.

O PSDB, segundo Leonardo Barreto, surgiu dentro da literatura social-democrata, com influências de um de seus principais autores, Fernando Henrique Cardoso. Mas, com Serra, a visão tradicional do partido de que o Estado tem um papel regulatório na economia é mais relativa. Parte do que defende o presidenciável estaria em seus próprios livros, diz Barreto.

— O Serra não é o FHC. Ele é da escola cepalina (da Cepal — Comissão Econômica para a América Latina e Caribe) e de uma matriz de pensamento que se aproxima mais do PT quando se imagina o papel do Estado na economia — afirma o professor.

Xico Graziano, um dos coordenadores da campanha do PSDB, fala da rede colaborativa usada para montar as propostas do partido. Ele próprio visitou 13 estados dos país com o apoio dos aliados para verificar as diferentes visões de um mesmo problema. Um autor que lhe ocorreu durante a entrevista ao GLOBO foi o sociólogo Ignacy Sachs, que considera a sustentabilidade um conceito dinâmico, que traz uma visão de desenvolvimento que busca superar o reducionismo e estimula o diálogo entre os conceitos econômicos.

A bibliografia do PV, segundo o especialista Leonardo Barreto, é mais inovadora, tem uma perspectiva pós-moderna dos anos 90. Os integrantes do partido teriam deixado as fileiras marxistas para levantar outros casos. Valorizam a identidade das mulheres, das minorias étnicas, carregam a bandeira das políticas ambientais. Também se aproximam de Carole Pateman, de Habermas (com a questão da democracia deliberativa) e John Rawls (autor de “Uma teoria da justiça”). Tasso Azevedo, um dos coordenadores de conteúdo da campanha, uma das mais organizadas, afirma que o programa surgiu das reuniões dos grupos de colaboradores (90 pessoas). Além disso, foram criadas redes de contato para discutir cada um dos temas com quatro ou cinco especialistas, por assunto, e a sociedade.

Sobre o programa do PSOL, o candidato Plínio de Arruda Sampaio garante que a base são os grandes pensadores brasileiros: Caio Prado Jr., Florestan Fernandes e Celso Furtado. Deste último, Plínio destaca “Brasil: a construção interrompida” (Paz e Terra).

— Estas são pessoas que pensaram a formação brasileira. Eles levantaram as questões fundamentais do país: a exclusão social e a dependência, temas que nos interessam.


Fonte: Globo.com

quinta-feira, 9 de setembro de 2010

Leia um livro e ganhe dinheiro

Basta dar uma olhada nas prateleiras das livrarias ou na lista de livros mais vendidos para imaginar que obras de finanças pessoais e empreendedorismo estão em alta. Está em expansão o setor que reúne títulos como "Pai Rico, Pai Pobre" (Ed. Campus, 2002), de Robert Kiyosaki e Sharon L. Lechter; "Os Segredos da Mente Milionária" (Sextante, 2006), de T. Harv Eker; "As Mulheres e o Dinheiro" (Nova Fronteira, 2009), de Suze Orman; "O Milionário que Existe em Você" (Ed. Record, 2000), de Victor Zaremba, e "O Assunto é Dinheiro" (Saraiva, 2006), de Carlos Alberto Sardenberg e Mara Luquet, entre tantas outras obras que ensinam a administrar o seu dinheiro.

Em 2009, a área de economia, administração, negócios e finanças produziu cerca de 3,8 milhões de exemplares de livros, segundo levantamento da Câmara Brasileira do Livro. Mas esse número ainda representa uma participação pequena no mercado, considerando todos os seus setores: 0,98%. Não é possível comparar os dados com o de anos anteriores, pois a CBL modificou a metodologia de pesquisa de 2008 para 2009 para aperfeiçoar o levantamento. Mas alguns profissionais do ramo confirmam que o setor está aquecido.

Para Roseli Boschini, vice-presidente da editora Gente, o brasileiro vem desenvolvendo uma maior consciência sobre seus gastos. "A gente vê jovens com essa preocupação", diz. Para ela, isso se deve ao crescimento econômico. Mais pessoas se formam em nível superior e uma parcela da população está sendo melhor remunerada. Assim, sobra mais dinheiro para investir. Só com os oito títulos do setor que tem em seu catálogo, a editora já vendeu 971 mil exemplares desde 2003, grande parte deles (840 mil) do best-seller "Casais Inteligentes Enriquecem Juntos", de Gustavo Cerbasi.

Em contrapartida, abalos na economia mundial podem, igualmente, afetar o setor. Segundo Igdal Parnes, diretor da editora Campus-Elsevier, em 2008 o número de publicações da área de finanças foi um dos melhores em muitos anos, mas o segmento sofreu com a crise mundial daquele ano. Para Parnes, esse é um setor de alto risco por contar com muitas publicações no mercado. "Cautela é a palavra de ordem na hora de eleger um título para publicar", afirma o diretor da Campus, que conta com 100 obras nessa área.

Mas, mesmo com a crise, a demanda ainda existe. Segundo o consultor e professor José Dornellas, o controle da inflação há pouco mais de uma década atrás permitiu que a população passasse a poupar. "As pessoas estão perdendo o medo de investir", diz Dornellas, autor de "Empreenda nos Finais de Semana (e Fique Rico)", entre outras obras publicadas pela editora Saraiva, que de janeiro a agosto de 2010 havia vendido 76.375 exemplares dos 47 títulos do setor de finanças em seu catálogo.

Dornellas diz que vem percebendo uma demanda principalmente da classe C por esse tipo de informação financeira. São pessoas que pretendem abrir seu próprio negócio: salões de beleza, restaurantes e lojas, incentivadas pelo aumento do poder de compra nesse setor da população.

O educador Reinaldo Domingos, presidente do Instituto DiSOP de Educação Financeira e autor de títulos como "Terapia Financeira" (Ed. Gente, 2008), concorda que a melhora na situação econômica do país ajudou a puxar o interesse dos leitores. Mas alerta: para ele, o mercado está cheio de obras repletas de jargões e lugares comuns. "A verdadeira educação financeira é mais profunda, e envolve um processo de mudança comportamental", diz Domingos, que idealizou, em 2009, a primeira coleção de livros didáticos de educação financeira para o ensino básico do país e já realizou programas de capacitação de professores em 30 escolas particulares pelo Brasil.

Para separar o joio do trigo, José Dornellas sugere pesquisar o histórico do autor antes de investir seu dinheiro em uma obra que promete maravilhas para o seu bolso. "Às vezes livros bons não vendem muito, e nem sempre os best-sellers são os melhores",

Fonte:  Yahoo

sábado, 4 de setembro de 2010

O tempo do livro impresso passou

O livro impresso serviu seu propósito como suporte durante muitos séculos. Em torno dele se fez uma indústria, que hoje é nociva aos interesses das pessoas. Você concorda?

Livros em uma estante são apenas literatura em potencial.

C. S. Lewis, da coleção de frases.
 
Recebo de um amigo virtual a seguinte mensagem depois de ter postado isso no Twitter:

Existe algo + s/ sentido do q “Bienal do Livro”? Ñ seria “Bienal das ideias presas nos livros”? Protesto: ”Libertem as ideias!”. Concordas?

Ele me manda: Eu entendo tua posição sobre o “formato”. Mas livro é uma relação de cumplicidade, de intimidade que é difícil desqualificar. Claro que hoje eu sou adepto do debate, do aprender observando as ideias livres ao vento, compartilhamento, etc. Mas nem por isso deixo de lado o êxtase sensorial que é ler um livro sentado na cadeira enquanto tomo sol no quintal.Vamos dizer que eu sou como o cara que coleciona disco de vinil mas não deixa de ouvir MP3. Grande abraço. Rodrigo Leme, que fez a ode ao livro no blog dele.

Temos que separar algo bem importante que é o fetiche pelo livro para o que ele representa, tanto quanto opressão ou libertação.

O livro é o condutor de ideias.

Serviu a seu propósito como suporte durante muitos séculos e mais diretamente nos últimos 550 anos com o livro impresso. Em torno dele se fez uma indústria, que, a meu ver, é nociva hoje aos interesses das pessoas.

Hoje, com o suporte digital, deve-se ver o livro como algo opcional e não obrigatório. Devo poder ler tudo que quiser na rede e se quiser ter o fetiche do papel, pagar por ele.

Porém, um deve independer do outro.

As editoras, hoje, são fortes elementos conservadores na sociedade, assim como foram as Igrejas e a Monarquia na Idade Média.

Evitar que um ser humano tenha acesso às ideias de outros, a meu ver, é um disparate que deve ser combatido! Ganha-se dinheiro escondendo conhecimento! No fundo, é isso!

Antes, tinha-se a desculpa do custo, ok. Porém hoje todo livro é digitalizado para ser produzido e opta-se por não divulgá-lo em nome do lucro, do mercado, do negócio.

É insano isso.

Não vou saber algo que pode melhorar minha vida, pois não tenho dinheiro para pagar.

Pense bem nisso, de maneira geral, sem estar envolvido com o que estamos acostumados…

As editoras devem, ao contrário, sair da postura reacionária de impedir o conhecimento para ganhar dinheiro na difusão maior do conhecimento. Quanto mais ideias de qualidade, melhor para todos!

Tipo, ao invés de “vender” o autor em formato de livro, “vender” suas ideias em qualquer formato, mas sempre garantindo que um básico esteja para todos. Quanto mais as pessoas absorverem novas ideias, mas vão querer consumir novas, quanto menos, menos.

Fecha-se o mercado, quem tem interesse de abrir, pois estão fechadas na venda do suporte e não do miolo.

Problema cognitivo. Estamos tão aprisionados nesse conceito livro, como fetiche, que não vemos o quanto eles são autoritários, anti-ecológicos e excludentes socialmente.

O tempo deles passou, invente-se outra coisa. Abaixo a ditadura dos livros, que aprisionam ideias!

Feito o protesto… Que dizes?

 Fonte: Webinsider

segunda-feira, 30 de agosto de 2010

Ônibus com 3G e GPS está em teste no Brasil

Antes de sair para o trabalho, uma pessoa consulta o celular e verifica que seu ônibus está a 20 minutos de sua casa. Dá tempo de terminar o café e caminhar tranquilamente até o ponto no qual o circular passará exatamente no momento indicado.

A cena ilustra um dos objetivos do projeto “Sistema embarcado de informação ao usuário de transportes coletivos”, desenvolvido com apoio do Programa FAPESP Pesquisa Inovativa em Pequenas Empresas (PIPE).

Inspirado em uma experiência europeia, a versão brasileira do sistema inteligente de transporte (ITS, na sigla em inglês) procura ampliar os serviços eletrônicos fornecidos a passageiros, motoristas e empresas de transporte coletivo.

Equipados com monitores de cristal líquido, coletivos na Europa e na Ásia fornecem aos passageiros programação televisiva educativa e informativa, gravada previamente em disco rígido de computador.

“Nosso objetivo é adaptar essa tecnologia à realidade brasileira e ampliar a quantidade de serviços oferecida”, explicou o coordenador do projeto, Paulo Roberto Tavares, da Transdata Smart, empresa especializada em terminais de leitura de cartões eletrônicos.

Tavares conta que a tecnologia usada na Europa seria difícil de ser aplicada no Brasil devido ao custo elevado, cerca de R$ 17 mil por ônibus. São computadores convencionais instalados nos veículos e que são previamente reforçados para suportar as condições severas inerentes a uma viagem, como trepidações, calor e poluição.

A solução para o Brasil foi optar por um conjunto mais enxuto: um hardware dedicado que usa uma plataforma utilizada em aparelhos de celular do tipo smartphone e dispõe de entradas para dispositivos de memória sólida, que pode ser do tipo USB, chip ou cartão. Por meio deles são carregados os conteúdos da programação exibidos na tela.

O equipamento também pode contar com tecnologia de comunicação 3G, o que permitiria atualização de conteúdo em tempo real, e GPS (sistema de posicionamento global), para acompanhar o trajeto do veículo.

Em conjunto, esses dispositivos forneceriam variados tipos de serviços. “Em uma viagem de São Paulo ao Rio de Janeiro, por exemplo, o equipamento poderia exibir informações turísticas, durante o percurso, sobre a cidade de Aparecida do Norte, assim que o GPS detectasse a aproximação da cidade”, disse Tavares.

Informações sobre as condições e previsão do tempo seriam atualizadas constantemente por meio do sistema 3G e sempre associadas aos lugares por onde o veículo estaria passando, cuja informação viria do GPS.

No caso de ônibus circulares, a localização do veículo poderia ser acompanhada pela internet em computadores e aparelhos de celular, o que permitiria aos usuários acompanhar o trajeto da linha que deseja e se dirigir ao ponto no horário certo. “A precisão seria grande e o usuário não perderia tempo esperando no ponto de ônibus”, disse.

Para as companhias de ônibus o equipamento também teria muitas utilidades. Além de poder acompanhar a localização de toda a frota em tempo real, por exemplo, a companhia poderia enviar mensagens de texto em um painel que ficaria à frente do motorista.

Informações sobre enchentes, vias congestionadas, acidentes e outras ocorrências de trânsito seriam fornecidas em tempo real ao motorista. Em caso de assaltos, um botão de pânico poderia ser acionado informando a central sobre a ocorrência.

Protótipo em campo

Tavares explica que o equipamento seria composto de três partes: a unidade de processamento (do tamanho aproximado de um rádio automotivo e que ficaria instalada atrás do motorista), o painel de controle com o display de mensagens (que ficaria em um ponto à frente do motorista) e os monitores de cristal líquido, que seriam espalhados na cabine dos passageiros.

“Ainda não fechamos o custo total do equipamento, mas calculamos que não passe de R$ 5 mil por unidade”, estimou Tavares, que também prevê um ganho em escala no caso da produção em massa do produto.

Segundo ele, o menor custo é o principal diferencial do produto brasileiro em comparação aos similares europeus e asiáticos. Já os diversos equipamentos atuando em conjunto é a vantagem em comparação aos serviços desse tipo disponíveis no Brasil, os quais não possuem inteligência embutida – são geralmente monitores com mensagens publicitárias que se repetem durante toda a viagem.

O projeto do sistema foi realizado com sucesso, de acordo com Tavares. A equipe da Transdata Smart pretende agora montar um protótipo e testá-lo em campo.


Fonte: Revista Info

sábado, 14 de agosto de 2010

Salve o Belas Artes: Tudo Pode Dar Certo


Restaurantes paulistanos fazem campanha

para apoiar o Belas Artes


Casas de renome se unem na ação Tudo Pode Dar Certo em prol de um dos últimos

cinemas de rua da cidade; quem contribuir com R$ 5 recebe convites e uma sobremesa de cortesia.

No final de março deste ano, o banco HSBC interrompeu seu patrocínio ao cinema Belas Artes, um dos poucos cinemas de rua que ainda existem em São Paulo, que possui programação diferenciada e de alto nível. Diante dessa notícia, esse tradicional cinema, localizado na esquina das avenidas Consolação e Paulista, pode fechar suas portas após 43 anos de funcionamento.  No início do mês de abril, André Sturm, sócio-proprietário doBelas Artes, iniciou uma batalha para conseguir novo patrocinador.

Inconformada com a possibilidade de um patrimônio cultural tão importante, que sempre contribuiu com a riqueza e a diversidade intelectual da cidade, apagar definitivamente as luzes, a restauratrice Marie-France Henry, proprietária do La Casserole, reuniu outros 16 restaurantes paulistanos para criar uma campanha de apoio ao Cine Belas Artes, batizada de Salve o Belas Artes: Tudo Pode Dar Certo.
De 5 de julho até 5 de setembro, quem colaborar com R$ 5 em uma das casas participantes receberá um convite válido para uma sessão de cinema, de segunda a quinta-feira. Na bilheteria, basta carimbar este mesmo convite para ganhar uma sobremesa de cortesia, após consumir um prato principal (almoço ou jantar), em qualquer um dos 17 estabelecimentos que aderiram à campanha. Ou seja, o público ajuda o Belas Artes e recebe um agradecimento em dose dupla, para alimentar o corpo e a alma.
A lista dos apoiadores faz tudo valer mais a pena ainda. Além do La Casserole, tradicional restaurante francês do Largo do Arouche, participamAdega SantiagoAmadeusArábiaArábia CaféCosì210 DinerDona OnçaDuiEñeIci BistrôLa FronteraMartin FierroMestiçoObá,Tappo Trataritoria e Tordesilhas.

O arquiteto Rafic Farah também participou da ação e criou o design da campanha, que engloba cartazes, newsletters e material gráfico de divulgação. A produtora O2 Filmes, do cineasta Fernando Meirelles, produziu um filme sobre a promoção que já está em exibição no cinema.

Esta turma de calibre espera que, unindo forças e talento, seja possível manter aberto esse importante cinema, que é considerado patrimônio do povo paulistano.



Arábia

Sobremesa: qualquer doce árabe
R. Haddock Lobo, 1.397 - Cerqueira César
Telefone: 3061-2203.



Arábia Café

Sobremesa: qualquer doce árabe
Pça. Vilaboim, 73 – Higienópolis
Telefone: 3476-2201



Amadeus

Sobremesa: Sfraciatelli (doce siciliano com frutas secas, mel e sorvete de creme)
R. Haddock Lobo, 807, Cerqueira César
Telefone: 3061-2859



Eñe

Sobremesa: Crema catalana
Endereço: Rua Dr. Mario Ferraz, 213 - Jd. Europa
Telefone: 11 3816-4333



Ici Bistrô

Sobremesa: Terrine de chocolate
R. Pará, 36 – Consolação
Telefone: 3257-4064.



Tappo Trattoria

Sobremesa: Semifreddo de chocolate
R. da Consolação, 2.967 - Cerqueira César
Telefone: 3063-4864



Diner 210

Sobremesa: Cup Cake
R. Pará, 210 – Consolação
Telefone: 3661-1219



Tordesilhas

Sobremesa: Pudim de tapioca com baba de moça
R. Bela Cintra, 465 – Consolação
Telefone: 3107-7444



Mestiço

Sobremesa: Frozen Iogurt com caldas variadas
R. Fernando de Albuquerque, 277 - Consolação
Telefone: 3256-3165



Dona Onça

Sobremesa: a definir
Av. Ipiranga, 200, lj. 27/29, - República
Telefone: 3257-2016



Adega Santiago

Sobremes: Pudim de doce de leite
R. Sampaio Vidal, 1.072 - Jardim Paulistano
Telefone: 3081-5211



Così

Sobremesa: Tiramisú ao mascarpone artesanal
R. Barão. de Tatuí, 302 - Vila Buarque
Telefone: 3826-5088



Dui

Sobremesa: Fondant de chocolate e doce de leite, farofa de café e sorvete de canela
Al. Franca, 1.590 - Jardim Paulista
Telefone: 2649-7952



La Casserole

Sobremesa: Crêpes Suzette
Lgo. do Arouche, 346, República
Telefone: 3331-6283



Martin Fierro

Sobremesa: Alfajor de chocolate
R. Aspicuelta, 683 - Vila Madalena
Telefone: 3814-6747



La Frontera

Sobremesa: Banana ouro grelhada, creme de iogurte e doce de leite, farofa de biscotti e castanha do Pará
R. Cel. José Eusébio, 105 - Higienópolis
Telefone: 3159-1197



Obá

Sobremesa: Massa crocante mexicana, sorvete de creme, melado de rapadura e canela com farofinha de milho seco
R. Dr. Melo Alves, 205 - Cerqueira César
Telefone: 3086-4774