sábado, 4 de setembro de 2010

O tempo do livro impresso passou

O livro impresso serviu seu propósito como suporte durante muitos séculos. Em torno dele se fez uma indústria, que hoje é nociva aos interesses das pessoas. Você concorda?

Livros em uma estante são apenas literatura em potencial.

C. S. Lewis, da coleção de frases.
 
Recebo de um amigo virtual a seguinte mensagem depois de ter postado isso no Twitter:

Existe algo + s/ sentido do q “Bienal do Livro”? Ñ seria “Bienal das ideias presas nos livros”? Protesto: ”Libertem as ideias!”. Concordas?

Ele me manda: Eu entendo tua posição sobre o “formato”. Mas livro é uma relação de cumplicidade, de intimidade que é difícil desqualificar. Claro que hoje eu sou adepto do debate, do aprender observando as ideias livres ao vento, compartilhamento, etc. Mas nem por isso deixo de lado o êxtase sensorial que é ler um livro sentado na cadeira enquanto tomo sol no quintal.Vamos dizer que eu sou como o cara que coleciona disco de vinil mas não deixa de ouvir MP3. Grande abraço. Rodrigo Leme, que fez a ode ao livro no blog dele.

Temos que separar algo bem importante que é o fetiche pelo livro para o que ele representa, tanto quanto opressão ou libertação.

O livro é o condutor de ideias.

Serviu a seu propósito como suporte durante muitos séculos e mais diretamente nos últimos 550 anos com o livro impresso. Em torno dele se fez uma indústria, que, a meu ver, é nociva hoje aos interesses das pessoas.

Hoje, com o suporte digital, deve-se ver o livro como algo opcional e não obrigatório. Devo poder ler tudo que quiser na rede e se quiser ter o fetiche do papel, pagar por ele.

Porém, um deve independer do outro.

As editoras, hoje, são fortes elementos conservadores na sociedade, assim como foram as Igrejas e a Monarquia na Idade Média.

Evitar que um ser humano tenha acesso às ideias de outros, a meu ver, é um disparate que deve ser combatido! Ganha-se dinheiro escondendo conhecimento! No fundo, é isso!

Antes, tinha-se a desculpa do custo, ok. Porém hoje todo livro é digitalizado para ser produzido e opta-se por não divulgá-lo em nome do lucro, do mercado, do negócio.

É insano isso.

Não vou saber algo que pode melhorar minha vida, pois não tenho dinheiro para pagar.

Pense bem nisso, de maneira geral, sem estar envolvido com o que estamos acostumados…

As editoras devem, ao contrário, sair da postura reacionária de impedir o conhecimento para ganhar dinheiro na difusão maior do conhecimento. Quanto mais ideias de qualidade, melhor para todos!

Tipo, ao invés de “vender” o autor em formato de livro, “vender” suas ideias em qualquer formato, mas sempre garantindo que um básico esteja para todos. Quanto mais as pessoas absorverem novas ideias, mas vão querer consumir novas, quanto menos, menos.

Fecha-se o mercado, quem tem interesse de abrir, pois estão fechadas na venda do suporte e não do miolo.

Problema cognitivo. Estamos tão aprisionados nesse conceito livro, como fetiche, que não vemos o quanto eles são autoritários, anti-ecológicos e excludentes socialmente.

O tempo deles passou, invente-se outra coisa. Abaixo a ditadura dos livros, que aprisionam ideias!

Feito o protesto… Que dizes?

 Fonte: Webinsider

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