sexta-feira, 11 de março de 2011

O que faz um arquiteto de informação?

O arquiteto de informação deve entender que seu papel é enxergar todo o valor agregado a seus entregáveis, muito além do wireframe.

Hoje em dia é muito comum ouvir aqui e ali que alguém trabalha com arquitetura de informação. Como profissional da área há alguns anos, sempre tento me manter atualizado sobre o que acontece em nosso mundinho. Tenho pensado sobre uma coisa: será que as pessoas sabem o que faz um arquiteto de informação?

No nosso dia-a-dia interagimos com gerentes de projetos, editores, desenvolvedores, designers e outros profissionais (com profissões mais conhecidas que a nossa) e sabemos o papel de cada um. Será que eles sabem o nosso? Será que nós mesmos temos a noção de qual é? Além disso, será que nós sabemos qual deveria ser o nosso papel?

Muito além do wireframe

Normalmente estamos acostumados a sermos envolvidos em etapas específicas dos projetos, com a tarefa de entregar soluções para problemas específicos (um wireframe aqui, outro ali, essas coisas) e sem ter muito a noção do resto.

Sempre pensei que o papel de um arquiteto de informação não é simplesmente montar um wireframe ou decidir entre um menu horizontal ou vertical. O papel do arquiteto de informação não é ser piloto de Axure. Claro, ter essas habilidades técnicas é essencial e o domínio de ferramentas vem com o tempo.

O principal é entender que o arquiteto de informação deve enxergar os impactos que as decisões tomadas em um simples wireframe terão sobre o sucesso de um determinado projeto. É preciso ter uma visão estratégica, que seja abrangente.

Do começo ao fim

Como quase todos os AIs são profissionais vindos de outras áreas, geralmente temos habilidades que nos permitem enxergar além dos quadradinhos que desenhamos. E é isso que precisamos mostrar para nossos parceiros de projetos: nossa capacidade de contribuir com o todo, desde o planejamento até as etapas mais decisivas de um projeto.

Cada pedaço do wireframe será importante para garantir que a estratégia de um produto tenha sucesso. O arquiteto de informação precisa entender que seu papel é enxergar todo o valor agregado a seus entregáveis. É conhecer e lembrar a estratégia de um produto, do começo ao fim, na hora de tomar decisões.

Que sabemos desenhar wireframes, ninguém duvida. Mas o que podemos oferecer além disso?

Fonte: Webinsider

quarta-feira, 9 de março de 2011

Guia de carreiras: biblioteconomia

Internet amplia o mercado de trabalho dos bibliotecários.

'Dificilmente um recém-formado fica desempregado', diz William Okubo.

Considerado organizador de informações e dicionário de sinônimos, o bibliotecário não vê seu mercado de trabalho ameaçado pela internet. Pelo contrário, William Okubo, de 36 anos, bibliotecário da Mário de Andrade, em São Paulo, diz que toda a informação, independente do formato, precisa ser organizada, e sites como o Google acabam ampliando o mercado para estes profissionais. Conheça um pouco mais sobre a profissão no Guia de Carreiras desta terça-feira (8).

“Nem sempre a informática tem a solução para tudo. Organizar a informação será sempre necessário, por mais que a tecnologia se desenvolva, o homem estará por trás dela”, afirma Okubo.

Para Okubo, enciclopédias e dicionários podem cair em desuso, porém as bibliotecas ainda guardam documentos, memórias e histórias que não estão digitalizadas. “Pode acontecer de daqui a 50 anos, o bibliotecário não ter mais o espaço físico de trabalho dentro de um escritório, por exemplo. Vai trabalhar on-line, dando informações a distância e fazendo o trabalho de filtro para as pessoas não perderem tanto tempo pesquisando.”

O profissional formado em biblioteconomia está habilitado a trabalhar em bibliotecas e centros de documentação e memória. No curso de graduação, o estudante aprende técnicas e códigos para organizar acervos de livros, documentos ou fotografias.

Segundo Okubo, que se formou em 1998 pela Universidade de São Paulo (USP), o mercado de trabalho para os profissionais formados em biblioteconomia está aquecido em virtude do crescimento da economia. “Toda empresa produz conhecimento, e o bibliotecário pode atuar como buscador e organizador de informações. Dificilmente um recém-formado fica desempregado, a oferta de estágios é grande. E depois de formado se insere com rapidez.”

Cada livro publicado possui uma catalogação na fonte, é uma espécie de ficha onde há o endereço da obra que pode ser identificado no mundo todo. Por meio desta ficha que está cadastrada no sistema do computador das bibliotecas, os bibliotecários conseguem localizar determinado livro através do título, nome do autor, ou outro dado, em poucos minutos.

Outra função do bibliotecário é ter habilidade para interpretar o que usuário pesquisa. “Fazemos papel de dicionário de sinônimos. Quadrinhos podem ser chamados de HQ ou literatura em movimento. E tudo isto tem de estar no sistema”, diz.
Um dos desafios atuais dos profissionais, segundo Okubo, é criar uma rede nacional das bibliotecas, assim como ocorre nos Estados Unidos. No Brasil, a única iniciativa do gênero é a Unibibliweb que reúne em um portal os acervos da USP, Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) e Universidade Estadual Paulista (Unesp).

Fonte: G1

sábado, 5 de março de 2011

Relacionamento interpessoal: a prática na prática

Boa parte do sucesso na vida pessoal e profissional está na forma como nos relacionamos e nos envolvemos com outras pessoas. E agora com internet.

Somos uma contradição ambulante; onde afinal queremos permanecer? De longe somos perfeitos, mas habilmente capazes de evoluir em nossa vida profissional e pessoal. Entenda onde você quer chegar e agarre esta nova oportunidade.

Certamente você já disse: – Não ligo para o que as pessoas pensam de mim. Mas seguramente lhe respondo: – Você deveria começar a prestar atenção ao que elas têm a dizer.

Estamos em um momento de constantes mudanças interpessoais e estar preparado para enfrentá-las de forma plena e segura é o que faz toda a diferença. Digo isso porque estamos vivendo numa era inigualável de oportunidades e descobertas pessoais.

Todos sabem que a internet representa uma das maiores mudanças culturais desde a invenção da imprensa, mas acredito que a sociedade está aos poucos reconhecendo que ela é a maior mudança de todos os tempos com relação à forma como nos relacionamos e nos envolvemos com outras pessoas.

Uma coisa é certa e inquestionável: a oportunidade vai onde as pessoas certas se colocam – e se encontram.

Não se preocupe em responder a todos os critérios de avaliação: habilidades são baratas, mas o interesse não tem preço.

A eficácia de um bom relacionamento está no equilíbrio; é necessário aprendermos a ouvir para nos envolvermos com qualidade. Ouvir implica paciência, mente aberta e vontade de compreender – qualidades supremas do carácter.

Todo bom relacionamento requer uma boa dose de sinergia. Quando você se comunica sinergicamente, está abrindo sua mente para um caminho novo de descobertas relevantes, de expressão e novas alternativas de diálogo; o que vem a ser o início de uma nova e positiva frente interpessoal.

Compreenda que você não vive amarrado a seus conceitos. Nossas percepções e ações podem ser muito diferentes visto por outros olhos, por isso nunca é tarde para começar uma nova postura com seu trabalho e com sua vida pessoal. Ambas são a soma uma da outra, cabe a nós nos distinguirmos entre tantos.

Fonte: Webinsider

terça-feira, 1 de março de 2011

A intermediação da informação em outro patamar

Não existe informação sem intermediários. O que está acontecendo é uma mudança radical na intermediação da informação. Passamos a trabalhar um degrau acima.

Muita gente fala em desintermediação com a chegada da rede digital. Andei falando nisso um tempo, mas já passou.

O fenômeno informacional precisa de intermediários. Não existe informação sem intermediários.

Um pássaro voando não é informação, até que alguém transforme-o na dita cuja. Veja a fábula do boi no pasto que fiz aqui.

O que está acontecendo é uma mudança radical na intermediação da informação em:
  •  Quem faz
  •  E como faz
 No mundo 1.0 (antes da rede digital) havia profissionais que detinham o poder de selecionar os documentos, disponibilizá-los em dado local, de difícil acesso e permitir pessoas a acessá-los; eram os “reis do documento preto”. (Assim como depois da Idade Média os padres perderam a vez para as editoras, que se transmutaram em rádio, tevê….)
 
Eram eles que tinha a função de selecionar, representar e disponibilizar os documentos para os usuários, que ficavam a mercê destes talentos para achar no tempo devido o que procuravam.
 
Essa intermediação que foi um sucesso inegável nos últimos séculos ficou lenta demais para o tamanho da nossa população.

A base da informação de qualidade é uma harmonia entre volume, tempo e custo. Nenhum destes fatores pode sair de uma taxa razoável. O mundo 1.0 passou a fornecer uma informação cara, demorada num volume cada vez maior. Deu zebra!
 
A rede digital vem corrigir o macroambiente informacional, aumentando o volume cada vez mais, mas reduzindo o tempo e baixando o custo.

Como? Hoje está tudo a um clique. Economizamos para chegar na informação que queremos.

Entram as ferramentas de buscas, que dão relevância a partir da procura dos usuários. O usuário passa a participar de forma mais efetiva na qualificação, inclusão, representação da informação.

O profissional de informação deixa de ser o “dono da representação” e da chave do cofre e passa a ser um administrador da plataforma para ajudar a comunidade a incluir e representar, preservando um passado arquivístico importante.

Facilita a cópia e a alteração dos documentos, transformando-os de sólidos em líquidos. O mundo 2.0 precisa assim ser mais rápido e mais barato ao lidar com tanta informação. Não há mais espaço para um intermediário 1.0, que ficava censurando, protegendo, guardando a informação.

Porém, não se perde o papel de uma intermediação mais sofisticada que possa ampliar o significado, pois, ao mesmo tempo que barateamos o custo e aumentamos a velocidade, também, com a rede, multiplicamos, em muito, o volume.

Assim, um intermediário 2.0 salta de um produtor de informação para um gestor de comunidades produtoras/consumidoras de informação. Passamos trabalhar um degrau acima.

Um médico é também um gestor das informações que seus usuários obtém no Google. Um jornalista tem também que aprender a fazer seu trabalho, absorvendo o material dos leitores, bem como seus comentários. É um novo intermediário mais sofisticado.

O profissional da informação, pelo seu lado, passa a ser o responsável por criar e administrar as plataformas que a interação dessas comunidades digitais em rede.

A forma como elas vão ser estruturadas e concebidas ajuda ou atrapalha a relação dos intermediários.

Peguemos o caso do Facebook. O usuário troca o que quer, desde que seja no molde que o pessoal de informação do Facebook definiu. Ou seja, o Facebook é a plataforma 2.0, assim como o Twitter é uma plataforma que define como as trocas vão se dar entre os novos intermediários.

Os grandes seguidos e a massa de seguidores, criando uma ecologia mais democrática, mais meritocrática e mais compatível com as demandas informacionais em curso.

Porém, é uma ilusão falar em mundo desintermediado informacional, mas em um novo tipo de indermediação. Pode-se até dizer que pulverizamos mais a intermediação. Mas ela sempre existirá. Que dizes?

 Fonte: Webinsider