quinta-feira, 14 de outubro de 2010

Tecnologia não substitui gente capacitada

Praticamente toda empresa destina parte da sua receita anual para projetos de tecnologia. E não há dúvida de que grande parte do sucesso e do crescimento da economia mundial pode ser atribuída à indústria de TI e seus acelerados avanços. No entanto, nenhuma tecnologia é boa o suficiente se por trás dela não existirem pessoas capacitadas.

Nos últimos 50 anos o mundo desenvolvido se sentiu desafiado a ganhar mais e mais produtividade. Chega a ser impressionante a velocidade com que o progresso bate à nossa porta, muito em função da tecnologia da informação e da comunicação. Estamos ganhando uma velocidade de transformação e de criação ímpares.

Mas, analisando o capital humano que lida com tamanha evolução, percebemos que urgem mudanças estruturais nas empresas. É preciso capacitar as equipes de trabalho de modo que as pessoas sejam estimuladas a desenvolver mais suas habilidades de conhecimento, análise, intuição e criatividade.

A tecnologia da informação por si só não faz milagres. É preciso ensinar as pessoas a extraírem o melhor do contexto em que estão inseridas. Vejamos: determinada empresa investe na infraestrutura de rede, contando com uma estação de trabalho para cada vendedor/atendente. Investe, também, em aplicativos que permitem elaborar e transmitir orçamentos aos clientes em curto espaço de tempo. Entretanto, ao não capacitar sua mão de obra apropriadamente, se arrisca a perder aquele cliente que faz contato por telefone – na esperança de que um profissional especializado compreenda suas necessidades e possa contribuir para a realização de uma compra acertada.

Enquanto o colaborador se preocupa com a ‘formalização’, o cliente se frustra porque não conseguiu obter ‘informação’. No âmbito das pequenas e médias empresas, esse tipo de relacionamento mal resolvido é muito comum, gerando insatisfação. O cliente se queixa do vendedor que, por sua vez, se queixa do sistema que trouxe consigo mudanças no atendimento. Imagine o quanto seria melhor se o vendedor/consultor pudesse destinar cinco minutos daquele dia para ouvir o cliente, compreender como poderia atender aquele pedido de modo que resultasse numa equação ‘ganha-ganha’, em que todos saem satisfeitos.

Numa outra situação, uma fila de pacientes aguarda – com cara amarrada – a volta do sistema, que ‘saiu do ar’. De repente, os mesmos atendentes que até bem pouco tempo colhiam dados do paciente, transcrevendo tudo para o papel e repassando depois para os médicos e para a administração, sentem-se incapazes de resolver qualquer coisa que dependa do acesso ao computador. Não fazem isso por vontade própria, é claro. Mas porque faltou à direção da empresa capacitá-los para que desenvolvessem o senso de oportunidade e improviso. Preferem, também nessa situação, arriscar o relacionamento com o cliente.

Não se pode duvidar que a tecnologia nos dotou de velocidade suficiente para atender às demandas da nova economia. Mas é preciso aguçar o senso crítico e perceber que a tecnologia, por mais avançada que seja, ainda não substitui a tomada de decisão dos seres pensantes que fazem uso dela. O sucesso não vem fácil, mas chegará mais rapidamente se os empreendedores privilegiarem seus colaboradores e incentivarem o desenvolvimento de suas habilidades cognitivas e comportamentais.
 
Fonte: Você RH

terça-feira, 12 de outubro de 2010

Qual é seu perfil no trabalho?

Estudo ensina como identificar, gerenciar e motivar os três estilos de profissionais que toda empresa tem

Toda companhia tem profissionais ambiciosos, acomodados e os chamados cimentos sociais, aqueles que integram todos os tipos. Os três grupos são essenciais e estão presentes em praticamente todas as empresas. Essa foi a conclusão do estudo Segmentação Atitudinal de Funcionários, desenvolvido pelo GFK, um dos maiores grupos de pesquisa de mercado do mundo, com base em mais de 2 000 entrevistas com empresas de grande porte do Brasil. As informações sobre cada perfil podem ajudá-lo a identificar, gerenciar e motivar sua equipe. Além disso, você pode descobrir qual é seu próprio estilo e saber como usá-lo a seu favor.

TIPO AMBICIOSO
O ambicioso busca ascensão na carreira, gosta de se exibir e se preocupa com a imagem. Esse profissional não tem apego à empresa nem ao cargo. Se a concorrência oferecer mais, ele aceita. Apesar disso, é um profissional essencial a qualquer equipe, porque tem muitas ideias, é altamente produtivo e adora bater metas. O gestor que quiser motivar um ambicioso deve valorizar suas conquistas com programas de bonificação e premiação interna. “Esse funcionário deve receber uma recompensa financeira vinculada à realização de desafios, que precisam ser concretos e mensuráveis”, diz Aníbal Calbucci, diretor de recursos humanos do laboratório farmacêutico Bristol-Myers Squibb. Se a empresa não oferecer remuneração variável, vale buscar outros mecanismos para reconhecer esse profissional. Uma sugestão é parabenizá-lo verbal e publicamente por suas conquistas. Se você é do tipo ambicioso, a dica é buscar empresas que valorizem ideias inovadoras, promovam a competição interna e saibam premiar quem atinge as metas. Você vai se sentir valorizado e entregar mais resultados, até que uma nova proposta apareça e você corra atrás de um desafio mais interessante.

TIPO ACOMODADO
Esse profissional tem de cinco a dez anos de casa, está adaptado à empresa e à sua função. Não é necessariamente desmotivado ou folgado, apenas não tem grandes expectativas de crescimento. “O acomodado gosta do que faz e é fiel à empresa”, diz Mario Mattos, diretor de marketing da GFK. Esse tipo se divide em dois subgrupos: os resolvidos e os frustrados. O resolvido é homem, chefe de família e tem muito tempo de empresa. Mais maduro, preocupa-se com a saúde e gosta de trabalhar. A empresa gosta da fidelidade desse profissional, o que o valoriza. Já o acomodado frustrado costuma ser jovem e ter baixa escolaridade. Em muitos casos, está desmotivado e requer atenção do gestor para não prejudicar o desempenho da equipe. O chefe que quiser motivar um acomodado precisa tirá-lo da zona de conforto, oferecendo mudanças de área ou metas desafiadoras. “Acompanhe esse profissional de perto e instigue-o”, diz Adriana Teixeira, diretora de RH da Losango. Se você é do tipo acomodado, não coloque a carreira nas mãos da empresa. Procure oportunidades de mudanças internas. Assim, você oxigena sua motivação e sua carreira sem sair do emprego — se a empresa não o despachar antes.

TIPO CIMENTO SOCIAL
É aquele que une as pessoas. O cimento social atua como integrador de colegas e de equipes. Ele ajuda os recém-chegados a serem aceitos no grupo, organiza os encontros extraoficiais, como happy hours e aniversários, e é o arroz de festa das atividades comemorativas da empresa. “Esses profissionais são importantes porque quebram as barreiras entre os departamentos e diluem tensões entre as áreas”, diz Mario, da GFK. Eles têm conhecidos e amigos em todos os cantos da empresa. O gestor que quiser motivar um cimento social pode pedir a ajuda desse profissional para desenvolver, organizar e divulgar os eventos da empresa. “Uma pessoa de perfil cimento social deve ser indicada a líder dos programas de responsabilidade social da empresa, ou do grupo de qualidade de vida”, diz Aníbal, do Bristol-Myers Squibb. “Esse profissional pode ser um bom parceiro do RH ou da área de eventos, por exemplo.” Se você é do tipo cimento social, use e abuse da sua capacidade de comunicação para construir uma boa rede de relacionamentos e fique atento às oportunidades que surgem além da sua área. Tarefa simples para você.

Fonte: Vocesa

Biblioteca diminui evasão escolar

Ecofuturo faz um balanço dos resultados das ações empreendidas pelo Projeto Biblioteca Comunitária Ler é Preciso

Após 10 anos do Projeto Biblioteca Comunitária Ler é Preciso, o Instituto Ecofuturo, uma organização social de interesse público criada e mantida pela Suzano desde 1999, divulga pesquisa que revisita e traça um perfil do projeto, fazendo uso de metodologia que pode servir de referência à políticas públicas e ações privadas para implantação de bibliotecas. O trabalho, coordenado pelo pesquisador Ricardo Paes de Barros, ligado ao Instituto de Pesquisas Econômicas e Aplicadas (IPEA), verificou a sustentabilidade das bibliotecas implantadas pelo Ecofuturo no modelo de gestão compartilhada entre poder público, comunidade e parceiros.

Para a realização do estudo foi avaliada a qualidade do serviço oferecido por 55 bibliotecas do projeto (atualmente, são 85 bibliotecas em 11 estados brasileiros), localizadas nos estados de Pernambuco, Bahia, Espírito Santo, São Paulo e Rio de Janeiro. Para isso, foram construídos diversos indicadores que permitiram investigar as características da qualidade dos serviços, do grau de acessibilidade, do grau de utilização e da gestão de cada uma das bibliotecas.

Considerando as diversidades regionais das localidades onde estão instaladas e sua condição de ser uma biblioteca comunitária, a pesquisa concluiu que o principal diferencial do projeto é conseguir que essas bibliotecas continuem em funcionamento, mesmo depois de anos da sua instalação.

O modelo do projeto se baseia na implantação de Bibliotecas Comunitárias em locais de baixo índice de desenvolvimento humano, com o envolvimento e participação da prefeitura e diversos setores da sociedade em prol da democratização do conhecimento disponível nos livros. O Ecofuturo coordena todas as etapas do projeto, além de ser responsável pela articulação com a comunidade e o poder público local, que são envolvidos desde antes da implantação no processo, ficando a prefeitura com a responsabilidade pela manutenção da biblioteca – contratação e remuneração dos profissionais, infraestrutura, renovação de acervo etc - e a comunidade incentivada a colaborar com a gestão e a dinamização do espaço. A execução técnica fica a cargo da Fundação Nacional do Livro Infantil e Juvenil (FNLIJ), que seleciona o acervo inicial de 1000 livros e realiza os cursos de promotor de leitura e auxiliar de biblioteca para 30 pessoas da comunidade.

A pesquisa também apontou os recursos humanos como um dos fatores mais fortes para a sustentabilidade dessas bibliotecas. O estudo mostra que a média de funcionários por Biblioteca é de quatro pessoas (o mínimo sugerido na implantação são duas) com bom nível de escolaridade. A maioria dos funcionários está presente desde a implantação da biblioteca, o que denota baixo grau de rotatividade e, portanto, experiência na função, fator importante para articulação com a comunidade em uma biblioteca com gestão comunitária.

Segundo a pesquisa, o projeto também tem êxito no seu objetivo de atender crianças e jovens. O estudo aponta que 80% dos 2300 livros emprestados por ano são obras de literatura infanto-juvenil. O público médio anual de 5800 usuários por biblioteca, por sua vez, é composto, em grande parte, por crianças de 7 a 14 anos.

Ao longo do tempo, o acervo das bibliotecas também se expandiu, passando de 1300 para uma média de 4500 livros por BC. “A biblioteca é, sem dúvida, uma maneira de se oferecer livros à população. A simples oferta, contudo, não é suficiente para atrair a demanda e fazer com que as pessoas efetivamente leiam mais. É preciso fazê-las perceber que freqüentá-la pode trazer muito impacto para suas vidas”, enfatiza o pesquisador Ricardo Paes de Barros. A sustentabilidade dessas bibliotecas depende muito da atratividade que elas têm para a comunidade, ou seja, das atividades de incentivo e promoção à leitura, realizadas por 76% das bibliotecas investigadas na pesquisa. Gerando atratividade, as bibliotecas podem contribuir muito para o desenvolvimento das comunidades onde estão implantadas.

“Em um país como o Brasil, em que a cultura escrita em sua plenitude somente é oferecida a uma faixa da sociedade que pode comprar livros, a escola e a biblioteca se tornam instituições decisivas para que o acesso aos livros e a oportunidade de formação leitora chegue para a maioria. A parceria com o Instituto Ecofuturo, no projeto Biblioteca Comunitária Ler é Preciso, apresentou-se como uma oportunidade especial para a FNLIJ realizar uma ação de formação de leitores por meio de bibliotecas comunitárias em que a qualidade é o objetivo perseguido para levar o direito de ler ao maior número de pessoas das comunidades atendidas”, afirma a secretária geral da Fundação Nacional do Livro Infantil e Juvenil, Elizabeth Serra.

Impacto no desempenho escolar

A dimensão inédita do projeto tem a ver com o impacto das bibliotecas no desempenho educacional do público que as frequenta. Com informações do INEP (Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira) chegou-se a resultados surpreendentes. Um estudo paralelo ao de sustentabilidade, também patrocinado pelo Ecofuturo, compara o desempenho entre escolas no entorno das Bibliotecas do projeto e as demais escolas.

A pesquisa aponta que, entre 2000 e 2005, a taxa de evasão escolar em instituições públicas de ensino próximas das Bibliotecas, quando consideradas as diferenças socioeconômicas das localidades, diminuiu três pontos percentuais a mais do que em escolas que não estavam próximas das Bibliotecas Comunitárias Ler é Preciso. Isso significa que o programa potencializou em 46% o progresso natural desse índice nas regiões de impacto do projeto. Com relação às taxas de aprovação escolar, os números são ainda mais expressivos. Escolas no entorno das Bibliotecas do projeto registraram uma elevação de 6,1 pontos percentuais nesta taxa, na comparação com as demais escolas, o que elevou em 156% o progresso natural que essas instituições de ensino teriam se não tivessem sido beneficiadas pelo projeto.

A cada ano, o progresso socioeconômico dos municípios e comunidades faz com que o desempenho da educação melhore. No entanto, segundo Paes de Barros, “ter uma biblioteca do Ecofuturo permite às comunidades melhorarem mais rápido do que se contassem apenas com o progresso socioeconômico”.

Além de comprovações importantes, a pesquisa de sustentabilidade também indicou pontos de atenção comuns às bibliotecas e que devem ter um tratamento adequado para que elas possam cumprir o seu papel junto às comunidades. “Um dos pontos foi a necessidade de dedicar mais atenção à criação e consolidação de um modelo de gestão participativa, com maior envolvimento da comunidade, bem como propiciar condições para a formação continuada e intercâmbio dos profissionais que trabalham nas bibliotecas, fatores altamente relevantes para que a o projeto seja efetivo no objetivo de colaborar com a instituição de uma cultura de leitura e de biblioteca”, explica Christine Fontelles, diretora de Educação e Cultura do Instituto Ecofuturo.

Neste sentido, outro importante diferencial do estudo é que os questionários idealizados para a pesquisa de sustentabilidade e os indicadores estruturados serão disponibilizados pelo Instituto, de modo que possam ser utilizados por organizações que queiram avaliar os projetos de biblioteca que apoiam e patrocinam, sejam iniciativas públicas, privadas ou da sociedade civil. Os indicadores podem basear e alimentar um sistema de gestão por resultados, que permite acompanhamento mais de perto do desempenho e sustentabilidade de bibliotecas, bem como a implementação de um sistema de valorização dos trabalhos de promoção de leitura de maior destaque.

“Tudo foi concebido para ser amplamente compartilhado entre todos os que estão envolvidos em atender a demanda nacional por leitura de maneira consistente e sustentável, de forma que, definitivamente, dê conta do enorme déficit existente no País”, conta Christine. O Instituto Ecofuturo já está utilizando os indicadores sintéticos construídos com base na pesquisa para a criação de um sistema de monitoramento remoto das bibliotecas comunitárias que deve ser implementado em 2011. O sistema permitirá a construção de um modelo de avaliação participativo, de mão dupla, que inclua a comunidade, o poder público local, o Ecofuturo, a FNLIJ e todos os parceiros do projeto.

Fonte: PublishNews

terça-feira, 5 de outubro de 2010

No fundo somos profissionais de inovação

Uma nova comunicação, mais interativa, se estabelece para resolver problemas de produção. A internet tem esse objetivo principal: nos ajudar a resolver problemas produtivos de todos os tipos.

Ontem caiu a ficha. Projetos de mídia social, de “redes sociais” (esse nome anda me irritando), de comunicação corporativa vão migrar, vão ser chamados, de projetos de inovação.

Tem uma lógica nisso e espero que você seja coo-vencido:

1. O mundo ia bem, ou do jeito que dava, mas cresceu muito (nos últimos 200 anos pulamos de 1 para 7 bilhões);

2. Esse crescimento não pode ficar impune, concorda? Alguma coisa vai mudar no planeta com tanta gente chegando mais e mais. Só um louco acha que não!;

3. Ok, se joga uma pressão para o setor produtivo, que tem que atender demandas e apesar de tudo, tem se virado, aumentando mais e mais o ritmo de inovação para atender no tempo, na hora, na diversidade, qualidade e quantidade que o novo público exige;

4. Bom, chega um momento que o “barraco” não permite mais puxadinho e aí vem a hora das “Revoluções da Informação” (que chegam pelas portas do fundos sem pedir licença), que criam um novo ambiente de troca de ideias mais dinâmico, que ajuda a inovar e, por sua vez, produzir melhor, caso da Internet, como já foi o do livro impresso.

Diante desse quadro, temos que rever o papel da comunicação corporativa.

Estamos imersos na pseudo-comunicação (de massa) que eu chamo de doutrinação 1.0. Ou seja, o que chamamos hoje de comunicação não é comunicação, pois esta pressupõe o diálogo.

O que temos é uma comunicação-unilateral-convencimento resultado de um ambiente informacional demarcado pelo controle dos meios, poucas fontes, portas fechadas para novas vozes, ocultação de “cadáveres”, crises e erros. E repetição insistente até que todos comecem a cantarolar, sem sentir, a musiquinha:

“Escondo o que é ruim e jogo confete (e muito) no que é bom!” (Parecem o Lula!)

Não existe comunicação sem diálogo. O que chamamos de comunicação hoje é algo inventado e preso a uma mídia vertical que ficou decadente.

Uma hipnose: “O mundo é bom, nós estamos fazendo a coisa certa. Senta, compra e relaxa”. É essa a mensagem.

Uma nova comunicação (mais interativa) se estabelece para resolver problemas de produção. A Internet tem esse objetivo principal: nos ajudar a resolver problemas produtivos de todos os tipos.

Volta-se o sentido da comunicação/diálogo (2.0) versus a comunicação/doutrinação (1.0). Motivo: ganhar velocidade para que o que o consumidor deseja seja atendido, modificando processos. Ampliação da coerência entre o que se diz e o que se faz.

Não por opção, mais por imposição da nova transparência! Criando mais fogo e menos fumaça. O que é difícil ainda hoje de ser percebido. Por quê?

Por causa da formação, cognição de todos, dos profissionais de comunicação, aos de processo, de qualidade, de inovação, gestores de conhecimento e dirigentes corporativos, que foram criados no mundo informacional passado. É um outro paradigma, no qual tudo isso é visto separado e não fazendo uma lógica só!

Assim, a ideia da comunicação corporativa desalinhada de processos, como “comunicação pura” é uma deturpação que se consolidou em uma mídia controlada para justamente evitar a inovação, mudanças, denúncias de coisas que estão sendo feitas e são inviáveis.

Ou seja, a comunicação servia para conservar e não mudar. Bingo! Não geram valor para a sociedade, por isso, precisam ser modificadas!

Se pudesse mudar todos os cursos do mercado, eu mudava. Trocava o nome de pós de redes sociais, mídias sociais, comunicação corporativa para: “Como inovar usando ferramentas de comunicação e informação?”

O eixo é esse. Qualquer coisa que fuja disso corre sérios riscos de capotar na curva da inviabilidade histórica! Não tende a gerar valor. Ponto! O uso das ferramentas das mídias digitais devem aferir isso.

Como está se gerando valor com essa nova comunicação do debate honesto, com base no novo ambiente informacional?

Vejam que a Apple, a Netfix, Norvatis avaliam seus “projetos 2.0″ no aumento de valor de mercado e não no tolo número de seguidores no Twitter, ou do canal criado no Facebook.

Eles deram a volta por cima, por baixo e pelos lados. Galera, vamos tomar banho frio e acordar! No fundo, somos todos profissionais de inovação (para gerar melhores produtos e serviços) para uma população cada vez maior, diversificada e exigente.

Pior, em rede e com poder de mídia! A comunicação deve ser viabilizadora disso e não a “impedidora”, como tem sido, escondendo os erros que deveria estar na luz do dia para serem corrigidos.

Essa é a guinada 2.0 pura e simplesmente! O difícil é encarar de frente, pois abre um baú de velhos dogmas. Que dizes?

Fonte: Webinsider