Zullatto Informação
domingo, 29 de setembro de 2013
Trabalho: paixão ou vício?
O que distingue se o trabalho é para nós uma paixão ou um vício, se somos worklovers ou workaholics, são os motivos pelos quais trabalhamos. Ser workaholic ou worklover influi na maneira pela qual executamos o próprio trabalho e como nos relacionamos com as pessoas dentro e fora da organização.
Nesse sentido, vale a pena lembrar que as políticas de recursos humanos praticadas numa organização têm um papel fundamental. Fomentam a sinergia e o comprometimento através de uma exigência sadia por resultados ou estimulam condutas individualistas onde o que importa é o cumprimento de metas e objetivos pessoais. As políticas de avaliação e remuneração jogam aqui um papel decisivo: são indutores de conduta. O fenômeno workaholic tem uma maior incidência em organizações que possuem uma cultura extremamente competitiva; não é algo que está ligado somente a um determinado tipo de pessoa ou temperamento.
Do ponto de vista individual, podemos dizer que o trabalho é para nós uma paixão quando não é uma atividade polarizadora e exclusiva. Se, pelo contrário, é algo totalmente absorvente, adquire os contornos de um vício que leva à dependência.
O workaholic possui alguns traços bem marcantes: é alguém voltado a resultados e pouco sensível às necessidades das pessoas; estas sempre serão para ele um meio para alcançar suas metas. Nunca poderá ser um líder no sentido pleno da palavra porque faltam-lhe as características fundamentais da liderança: autoconhecimento, autogoverno e capacidade de formar pessoas.
A falta de conhecimento próprio está relacionada com a sua incapacidade de perceber que o trabalho não é o único âmbito da sua vida. Apresenta um forte desequilíbrio entre o lado profissional, super-desenvolvido e o pessoal, frequentemente esquecido. Como conseqüência de uma afetividade pouco desenvolvida, não possui o necessário autoconhecimento que é o ponto de partida para o autogoverno e o desenvolvimento de competências. Falta-lhe inteligência emocional, que nada mais é do que ordenar a cabeça e o coração. Nunca poderá ser um líder completo se não for capaz de liderar-se e, justamente por isso, nunca será eficaz quando se trata de formar e desenvolver pessoas.
Já o worklover, ao trabalhar por paixão e não por impulso, possui uma maior sensibilidade a pessoas. É capaz de motivá-las, fazendo com que sejam seus eficazes colaboradores, porque entusiasma e transmite confiança. Estes dois estímulos são os motores do comprometimento.
O worklover é alguém que adora o que faz e sabe equacionar o seu tempo tendo em conta todas as suas obrigações como chefe, subordinado, como membro de uma família etc. Possui um equilíbrio interior que o coloca em condições de desenvolver suas atribuições de um modo muito mais eficiente.
A diferença entre o workaholic e o worklover é a medida da sua ambição. No primeiro, a ambição é tudo; para o segundo, está a serviço da sua felicidade.
Fonte: Revista Você RH
quinta-feira, 20 de dezembro de 2012
10 casas ideais para amantes de livros
Todos têm uma casa dos sonhos. Para alguns é imprescindível a existência de uma piscina, para outros de um grande closet, e ainda há aqueles que queiram uma cozinha equipada e integrada com o living para viver bem. Mas e os estudiosos, os acadêmicos, os ratos de biblioteca? Como seriam as casas ideias deles? A pergunta pode surtir diversas respostas, mas todas elas terão um ponto em comum: um excelente espaço para armazenar os livros. Selecionamos abaixo 10 incríveis projetos residenciais para inspirar os amantes da literatura. Neles, as estantes estão sempre em destaque, chegando às vezes a ocupar a maior parte do espaço. Confira essas verdadeiras casas de nerds!
Estantes por toda parte
A Nobis Haus, em Munique, na Alemanha, é uma construção feita basicamente em madeira e vidro. Com um formato bastante simples, nas extremidades menores encontram-se paredões de vidro, que mantém a residência plenamente iluminada. Ao longo das paredes longitudinais, estantes. O ambiente é perfeito para a leitura: espaço para livros é o que não falta; a vista é agradável e calma; e há boa iluminação por grande parte do dia.
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Três andares de livros
Em Roterdam, na Holanda, este “loft vertical” se desenvolve literalmente em volta da estante. Nada discreta, ela ocupa a maior parte da residência, tomando uma área grande da parede, do térreo ao segundo andar. No espaço da cozinha, a mesma estante se torna um armário fechado para guardar as louças e os utensílios. Mas o "móvel" homérico não carrega apenas livros, e sim o próprio peso da casa – ou parte dele -, substituindo uma das paredes estruturais da construção original. O projeto é do escritório holandês Shift.
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Bagunça nerd organizada
Este ambiente que traz à mente a típica confusão organizada dos lofts nova-iorquinos, na verdade é fruto das mãos da arquiteta italiana Benedetta Tagliabue, que ali habita. A casa, que fica em Barcelona, sofreu uma série de reformas e reparos até chegar à sua forma atual. A construção é originária do século 18. Entre os vários cômodos, se destaca o escritório da arquiteta, onde as estantes e os livros a cercam por todos os lados.
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Industrial e cultural
Instalada em território brasileiro, na cidade de São Paulo, esta casa com forte apelo industrial foi desenvolvida pelo escritório Gruposp. Dentre seus muitos atributos, fica claro na foto que há uma grande estante que ocupa toda uma das paredes longitudinais da morada. Ao todo, estão armazenados ali mais de sete mil livros. A estante abrange dois dos três andares da casa. As outras paredes têm acabamento de concreto, exceto pela fachada dos fundos, completamente aberta visualmente para o jardim, com suas muitas esquadrias.
Fonte: Globo.com
Estantes por toda parte
A Nobis Haus, em Munique, na Alemanha, é uma construção feita basicamente em madeira e vidro. Com um formato bastante simples, nas extremidades menores encontram-se paredões de vidro, que mantém a residência plenamente iluminada. Ao longo das paredes longitudinais, estantes. O ambiente é perfeito para a leitura: espaço para livros é o que não falta; a vista é agradável e calma; e há boa iluminação por grande parte do dia.
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Três andares de livros
Em Roterdam, na Holanda, este “loft vertical” se desenvolve literalmente em volta da estante. Nada discreta, ela ocupa a maior parte da residência, tomando uma área grande da parede, do térreo ao segundo andar. No espaço da cozinha, a mesma estante se torna um armário fechado para guardar as louças e os utensílios. Mas o "móvel" homérico não carrega apenas livros, e sim o próprio peso da casa – ou parte dele -, substituindo uma das paredes estruturais da construção original. O projeto é do escritório holandês Shift.
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Bagunça nerd organizada
Este ambiente que traz à mente a típica confusão organizada dos lofts nova-iorquinos, na verdade é fruto das mãos da arquiteta italiana Benedetta Tagliabue, que ali habita. A casa, que fica em Barcelona, sofreu uma série de reformas e reparos até chegar à sua forma atual. A construção é originária do século 18. Entre os vários cômodos, se destaca o escritório da arquiteta, onde as estantes e os livros a cercam por todos os lados.
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Industrial e cultural
Instalada em território brasileiro, na cidade de São Paulo, esta casa com forte apelo industrial foi desenvolvida pelo escritório Gruposp. Dentre seus muitos atributos, fica claro na foto que há uma grande estante que ocupa toda uma das paredes longitudinais da morada. Ao todo, estão armazenados ali mais de sete mil livros. A estante abrange dois dos três andares da casa. As outras paredes têm acabamento de concreto, exceto pela fachada dos fundos, completamente aberta visualmente para o jardim, com suas muitas esquadrias.
Fonte: Globo.com
domingo, 2 de setembro de 2012
Pessoas como fator competitivo
No
âmbito social, os efeitos da globalização se intensificaram de tal modo que
estamos sendo afetados por movimentos, tais como; o desemprego; as pessoas como
fator competitivo; a comunicação eliminando fronteiras; a procura por talentos
em todo o mundo para trabalharem para as empresas de tecnologia do primeiro
mundo; a falta de perspectivas ou entusiasmo da juventude com relação a seu
futuro; entre outros. Todos fenômenos de amplitude mundial, todos influentes na
estrutura da empresa.
Dentro
das empresas e diante de tantas mudanças, somos solicitados a todo momento,
desde em nossas atividades mais operacionais até nas mais estratégicas e
gerenciais a termos um papel pró-ativo, ou seja, girar, transformar, inovar e
criar para sobreviver. O papel das atividades humanas nas empresas, certamente,
não está mais relacionado aquela antiquada descrição de cargo e função, mas
muito mais que isso: envolve
todo um perfil capaz
de trazer o dinamismo, a inteligência e a criatividade.
Neste
contexto, é primordial a mudança de mentalidade das empresas, pois a maneira
como ela deseja ser percebida pelos seus colaboradores e pela comunidade traz a
tona a necessidade de discutir e incorporar novos valores a sua cultura, e é
aqui que residem os verdadeiros desafios para os Lideres empresariais, ou seja,
o desafio está agora em direcionar esforços para entender e utilizar de forma
ótima os talentos humanos nas empresa.
Portanto,
a maior preocupação dos dirigentes passa a ser a de descobrir se os
profissionais que hoje compõem seu negócio – em todos os níveis –, estão
adequados para as necessidades e para os desafios que virão.
Neste
contexto, ter pessoas capacitadas que atendam as demandas, torna-se fundamental
e estratégico para o sucesso do negócio, ou seja, os esforços dos dirigentes que
vislumbram construir empresas de sucesso devem estar concentrados no sentido de
entender as mudanças necessárias que deverão ser implementadas para que a
empresa valorize e cultue o conhecimento, uma vez que este é o seu maior
patrimônio.
Se
observarmos mais detidamente a nossa volta, entenderemos que todos nós de uma
forma ou de outra trabalhamos em atividades de conhecimento.
Isto
significa uma transformação na forma como organizamos os trabalhos na empresa,
pois passa a ser exigido um maior refinamento na forma de gerenciamento. E é
importante termos em mente que as empresas que estão crescendo e se
consolidando, em qualquer ramo de atuação, estão adotando uma postura de
gerenciamento diferente da tradicional. Seja por causa de suas lideranças mais
inovadoras e de mentalidade mais humanista, seja através da adoção de
instrumentos que possibilitam a realização desta prática de forma
estruturada
Precisamos
compreender que a gestão harmônica
das Pessoas tornou-se um diferencial competitivo e que esta "nova" abordagem é
consistente e responde a necessidade atual e futura de se obter Excelência
Empresarial.
Obter
excelência organizacional deve ser um
trabalho realizado com e através das Pessoas. De
todas as atividades desenvolvidas pelos Gestores as
decisões sobre as pessoas são as mais importantes, porque
elas, em última analise, determinam de fato a capacidade da empresa em se
organizar.
Dessa
maneira, teremos que voltar nossos olhos com atenção as atividade de
gerenciamento de Pessoas.
Algumas
estratégias, ao serem adotadas de forma consistente e objetiva elevam
consideravelmente a qualidade de Gerenciamento na empresa, são elas:
Alinhar
as políticas de gestão de
Pessoas, de modo a fortalecer os Gestores da empresa (até o topo) na execução de
estratégia, movendo o planejamento da sala de reunião para o campo.
A
empresa deve se tornar uma especialista no modo como o trabalho é organizado e
executado, provendo eficiência administrativa para garantir que os custos sejam
reduzidos enquanto a qualidade é mantida.
Ter
a sincera preocupação com as Pessoas que trabalham na empresa, independente do
nível e ao mesmo tempo trabalhar para aumentar a contribuição de cada uma das
Pessoas – estimular a visão de resultados.
Os
profissionais da área de gestão de
Pessoas devem se tornar agentes de contínua transformação, desenhando processos
e uma cultura que aumente a capacidade de mudar da organização.
Frente
a estes desafios, torna-se vital entender o contexto de transformações que
estamos inseridos. Cabe ressaltar que esta abordagem traz desafios
significativos aos profissionais que gerenciam Pessoas e/ou que dominam uma área
de conhecimento especializado, isto é:
Prepare-se
para olhar a empresa sob o ponto de vista de processos, projetos e equipes
multidisciplinares.
Comece
a levantar e entender as habilidades, conhecimentos e competências que
as Pessoas e as Equipes possuem. Ajude a desenvolver a mentalidade do
conhecimento em sua empresa.
Os
Gerenciadores de pessoas devem ser empossados de fato em todas as ações
envolvendo relações interpessoais.
- Viva e contribua intensamente no processo de descentralização.
- Crie processos e sistemas que aproximem e fortaleçam as Pessoas.
- Reavalie você e sua equipe.
O
profissional independente de sua área de atuação/conhecimento deve ser um agente
de contínua transformação, desenhando processos e uma cultura que aumente a
capacidade de mudar da organização.
Por
outro lado, a competitividade acirrada traz a necessidade de se ter uma nova
forma de enxergar a empresa, ou seja, sob o ponto de vista de processos bem
claros, projetos a serem realizados e equipes multi-diciplinares.
Neste
aspecto, é necessário começarmos desde já a levantar habilidades, conhecimentos
e competências que
as pessoas da empresa possuem, tornando-se vital desenvolver na empresa a
valorização e a mentalidade do conhecimento.
Para
finalizar esta sintética explanação de uma das mais fascinantes vertentes do
conhecimento, no que diz respeito as relações interpessoais e ao gerenciamento
de Pessoas, busquei uma jóia do expoente da Administração Moderna, que pode nos
encaminhar a uma diferente reflexão em relação a gestão de
Pessoas no âmbito empresarial.
"Os
executivos gastam mais tempo gerenciando pessoas e tomando decisões sobre elas,
do que qualquer outra atividade – e deveriam assim fazê-lo. Nenhuma outra
decisão é
tão duradoura em
suas conseqüências ou tão
difícil de desfazer-se. E ainda, mesmo assim, executivos promovem e tomam
decisões inadequadas sobre suas equipes; como consequência, seus acertos não são
melhores que 33%. Na maioria, um terço destas decisões são acertadas, um terço
são minimamente efetivas e um terço são erradas.
Em
nenhuma outra área de gerenciamento poderíamos aceitar uma performance tão
baixa."
Peter
Drucker
Fonte: Linkedin
quinta-feira, 19 de janeiro de 2012
Será que os dias dos livros impressos realmente estão contados?
Se você é um fã de livros, provavelmente ficou encantado com o vídeo acima, produzido pelo usuário do YouTube crazedadman. Ele e sua esposa dedicaram inúmeras noites em claro movendo, empilhando e criando a animação com os livros na livraria Type Bookstore, de Toronto, resultando nesse fantástico vídeo.Com a mensagem de que “não existe nada como um livro de verdade”, crazedadman nos leva a pensar nos novos dispositivos eletrônicos que não param de chegar. Todo mundo quer ter um. Não importa o quê. Seja um smartphone novo, um computador de última geração ou qualquer outro dispositivo lançado no mercado que cria nas pessoas novas necessidades.E quase todos querem ter um Kindle, não é mesmo? Se você gosta de ler, então imagine poder carregar uma biblioteca inteira dentro de um aparelhinho tão leve e pequeno.
Mas será que um dispositivo como esse conseguiria substituir a sensação de sentir o cheiro do papel, a textura das folhas, encontrar as páginas marcadas onde os leitores dedicaram mais tempo à leitura e até mesmo as orelhas?
Fonte: TECMUNDO
sábado, 3 de dezembro de 2011
Vamos trabalhar menos e com satisfação?
Com organização e foco é possível produzir melhor e ter mais qualidade de vida. É preciso mudar a visão: de tempo gasto para tempo investido.
As transformações no mundo do trabalho anunciadas pelas mudanças tecnológicas sempre estiveram presentes nas discussões entre especialistas. A substituição do trabalho humano pela máquina acabou sendo “personalizada” no robô. As novas formas de trabalho e de produtividade passaram do chão de fábrica para os escritórios, para os serviços, para a construção civil e para a agricultura.
Em 1986, em palestra para a Confederação dos Sindicatos Cristãos, André Gorz, cientista social francês, afirmava: “o trabalho pago poderá deixar de ocupar a maior parte de nosso tempo e de nossas vidas”. Recomendava aos sindicalistas que fosse encontrado novo sentido para a vida que não aquele do trabalho pago, da ética profissional, do rendimento. Imaginava que a jornada anual de trabalho deveria recuar para 1.100 horas. (ver Gorz, André – Metamorfose do Trabalho – Annablume – 2007).
Um quarto de século depois e em um país emergente como o Brasil podemos analisar como mudou o trabalho. Com relação à jornada semanal, a Constituição Federal reduziu-a para 44 horas, ante as anteriores 48.
Foi suficiente para liberar a maior parte do tempo do trabalhador? Nas grandes cidades, o aumento do tempo de deslocamento para o trabalho eliminou qualquer vantagem dessa redução. Então, consumimos nossa vida no trabalho? As reflexões sobre as características da Geração Y lembram: o trabalhador também mudou.
Muitos selecionadores valorizam a participação cidadã dos candidatos. Por sua vez, é prova de modernidade as empresas incorporarem a questão da satisfação dos seus contratados, havendo concursos para selecionar “As Melhores Empresas para Trabalhar”.
Os sindicatos fazem campanhas pela redução da jornada, com a contradição de se privilegiar os preços das horas extraordinárias. Nos últimos tempos, passaram a apresentar reivindicações relacionadas à questão de gênero, raça, assédio moral e doenças relacionadas à intensificação do trabalho. Na linha da vida fora do trabalho, o avanço foi na licença maternidade de seis meses, ainda optativa.
Internacionalmente, a agenda da OIT defende o trabalho decente. É uma proposta ampla o suficiente para condenar tanto o trabalho escravo ou de crianças, em países atrasados, como a pressão por qualidade ou produtividade que tem levado à prática do suicídio, quer na Europa, quer na China.
A realidade é que ainda se passa a maior parte da vida em função do trabalho pago. Mas o desemprego cresce a cada dia, como vemos na Espanha, Itália e nas manifestações na Grécia. Ou seja, esse é um modelo que precisa de evolução e mais equilíbrio.
Fonte: Webinsider
As transformações no mundo do trabalho anunciadas pelas mudanças tecnológicas sempre estiveram presentes nas discussões entre especialistas. A substituição do trabalho humano pela máquina acabou sendo “personalizada” no robô. As novas formas de trabalho e de produtividade passaram do chão de fábrica para os escritórios, para os serviços, para a construção civil e para a agricultura.
Em 1986, em palestra para a Confederação dos Sindicatos Cristãos, André Gorz, cientista social francês, afirmava: “o trabalho pago poderá deixar de ocupar a maior parte de nosso tempo e de nossas vidas”. Recomendava aos sindicalistas que fosse encontrado novo sentido para a vida que não aquele do trabalho pago, da ética profissional, do rendimento. Imaginava que a jornada anual de trabalho deveria recuar para 1.100 horas. (ver Gorz, André – Metamorfose do Trabalho – Annablume – 2007).
Um quarto de século depois e em um país emergente como o Brasil podemos analisar como mudou o trabalho. Com relação à jornada semanal, a Constituição Federal reduziu-a para 44 horas, ante as anteriores 48.
Foi suficiente para liberar a maior parte do tempo do trabalhador? Nas grandes cidades, o aumento do tempo de deslocamento para o trabalho eliminou qualquer vantagem dessa redução. Então, consumimos nossa vida no trabalho? As reflexões sobre as características da Geração Y lembram: o trabalhador também mudou.
A vida além do trabalho
É dito que o jovem executivo está mais interessado na família, no lazer, na vida além do trabalho e que a empresa deve se adaptar a esse novo trabalhador. Também a conversão das pessoas e das empresas para a responsabilidade social tem exaltado a inserção comunitária, o mais das vezes, em horários de folga.Muitos selecionadores valorizam a participação cidadã dos candidatos. Por sua vez, é prova de modernidade as empresas incorporarem a questão da satisfação dos seus contratados, havendo concursos para selecionar “As Melhores Empresas para Trabalhar”.
Os sindicatos fazem campanhas pela redução da jornada, com a contradição de se privilegiar os preços das horas extraordinárias. Nos últimos tempos, passaram a apresentar reivindicações relacionadas à questão de gênero, raça, assédio moral e doenças relacionadas à intensificação do trabalho. Na linha da vida fora do trabalho, o avanço foi na licença maternidade de seis meses, ainda optativa.
Internacionalmente, a agenda da OIT defende o trabalho decente. É uma proposta ampla o suficiente para condenar tanto o trabalho escravo ou de crianças, em países atrasados, como a pressão por qualidade ou produtividade que tem levado à prática do suicídio, quer na Europa, quer na China.
A realidade é que ainda se passa a maior parte da vida em função do trabalho pago. Mas o desemprego cresce a cada dia, como vemos na Espanha, Itália e nas manifestações na Grécia. Ou seja, esse é um modelo que precisa de evolução e mais equilíbrio.
Fonte: Webinsider
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