segunda-feira, 21 de junho de 2010

Pedro Puntoni, o guardião da biblioteca de Mindlin

Historiador que frequentava a casa do bibliófilo comanda projeto de digitalização do acervo e construção do prédio que abrigará os 40 mil volumes
Era julho de 2007. Pedro Puntoni havia acabado de ser nomeado diretor da Biblioteca Brasiliana Guita e José Mindlin e almoçava na casa do empresário e bibliófilo José Mindlin. “Doutor José”, dirigiu-se ao bibliófilo, “queria lhe dizer que me sinto muito honrado com o cargo, com tanta responsabilidade. E espero corresponder à altura”. “Pedro, nós vamos ajudá-lo”, ele respondeu. “Sei que este é um peso enorme”. E naquele mesmo dia ficou acertado que Puntoni precisava "aprender a biblioteca". A partir disso, quinta-feira havia um programa sagrado para o novo diretor. "Era o dia da semana em que eu passei a ir cedo à casa dele e só sair de lá no fim do dia", relata. A biblioteca em questão, com 17 mil títulos - ou 40 mil volumes -, é o maior e mais relevante acervo originalmente particular de livros do Brasil. Mindlin começou a formá-lo aos 13 anos. A primeira missão de Pedro foi coordenar um ousado plano interdisciplinar de digitalização do acervo. Um scanner especial foi adquirido para isso. "Custou US$ 220 mil e tem capacidade para copiar 2,4 mil páginas por hora", detalha o engenheiro eletrônico Edson Gomi. Pelo cronograma, a obra deve ficar pronta no fim de 2011. Ali, além da biblioteca, funcionará o centro de digitalização e um ateliê de restauro de livros.

Fonte: PublishNews

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